Dados são do Atlas Mundial da Obesidade 2025 Aproximadamente um a cada três brasileiros, 31%, vive com obesidade e essa porcentagem tende a crescer nos próximos cinco anos. No país cerca da metade da população adulta, entre 40% e 50%, não pratica atividade física na frequência e intensidade recomendadas. Os dados são … Leia Mais
Dr. Elizeu Bernabe Neto alerta sobre a importância de exames regulares para prevenir câncer de próstata, bexiga e rins. No Dia Mundial Contra o Câncer, a saúde masculina volta a ser destaque, com um chamado à conscientização sobre a prevenção de doenças como o câncer de próstata, bexiga e rins. Estudos epidemiológicos mostram … Leia Mais
A Fhemeron Itinerante, projeto do governo de Rondônia, realizado há três anos por meio da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron), montou o cronograma para dar continuidade às coletas a partir do mês de fevereiro. O ônibus da Fundação irá percorrer diversas cidades ao longo de 2025, para facilitar o acesso à doação … Leia Mais
O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) realizou fiscalizações, neste sábado (1º/2), em unidades de saúde de Porto Velho. O trabalho permanente tem dois objetivos: melhorar o atendimento à população e assegurar condições dignas de trabalho para profissionais de saúde. As equipes de auditoria do TCE-RO vistoriaram as UPA da Zona … Leia Mais
Em fiscalização, na noite desta segunda-feira (30/12), o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) constatou situações distintas no atendimento à população no Hospital Municipal e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ji-Paraná, na Região Central do Estado. No hospital, faltam medicamentos, curativos, insumos, estrutura física precária e insuficiência de … Leia Mais
Secretária de Saúde responde à alta demanda durante surto de síndromes gripais em Ariquemes, RO
A população de Ariquemes, recebeu um alerta da Secretária Municipal de Saúde, Lorena Fiorenzani, sobre um surto de síndromes gripais que atinge o município. A Secretária informou que por ordem da Prefeita Carla Redano, foi dobrado o número de profissionais que atuam na Saúde, tanto no Hospital da Criança quanto na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Lorena explicou que esse surto é decorrente do período sazonal em Rondônia e na Região Norte. “As doenças sazonais são aquelas que têm uma tendência maior de acontecer em determinada época do ano, de acordo com as mudanças de estações climáticas. Isso acontece em decorrência de alterações na temperatura, umidade e exposição solar, além de fatores ambientais e comportamentais. Estamos em um período propício para isso em Rondônia e para a Região Norte”. Lembrou a Secretária.
A Secretária de Saúde, informou ainda que a a equipe tem trabalhado incessantemente para garantir que todos os pacientes recebam o atendimento necessário, especialmente as crianças, que são as mais afetadas por esses surtos. Além de dobrar a equipe, foram tomadas medidas para expandir os horários de atendimento no Ambulatório de Pediatria, garantindo atendimento pediátrico diário de segunda a sexta.
“Estamos em um período desafiador, mas as ações que implementamos visam proteger a saúde de nossa comunidade”, afirmou a Secretária de Saúde de Ariquemes, Lorena Fiorenzani, pedindo ainda a todos que sigam as recomendações dos profissionais de saúde e evitem pânico.
Lorena concluiu lembrando que em outros períodos esses atendimentos eram bem menores. “No Hospital da Criança, atualmente 4 médicos estão de plantão, na última terça-feira (23) houve atendimento de 300 pessoas nos Hospital da Criança. Já na UPA (unidade de Pronto Atendimento), o número geralmente atende de 350 a 400 pessoas, agora está em 600 atendimentos diário.” Pontuou a secretária.
A intervenção cirúrgica teve duração de três horas e envolveu uma equipe multidisciplinar
O primeiro transplante ósseo da região Norte foi realizado nesta quarta-feira (17), em Rondônia, no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, com objetivo de devolver a qualidade de vida e possibilitar a locomoção de um paciente de 30 anos, morador de Porto Velho. A cirurgia foi realizada em parceria com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into); referência no país.
A intervenção cirúrgica teve duração de três horas e envolveu uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, radiologistas, técnicos e cirurgiões. O osso transplantado foi submetido a um processo de preparação, incluindo processamento e conservação, realizado pela equipe do Into, sendo transportado por via aérea para Porto Velho, local da cirurgia.
Segundo o cirurgião ortopedista e especialista em alongamento e reconstrução óssea, Nelson Marquezine, “anteriormente os pacientes precisavam se deslocar para outras capitais, longe do apoio familiar e conforto dos lares. Hoje é possível realizar esse serviço no Estado”, destacou.
Além da captação, preparação, armazenamento e envio do tecido para Porto Velho, o apoio do Into incluiu, ainda, a participação do chefe do Banco de Tecidos, o ortopedista Rafael Prinz, e da chefe de enfermagem do Banco, Tatiana Gargano, que atuaram juntamente à equipe durante a cirurgia e, na orientação dos fluxos do tecido para transplante. Os profissionais também estiveram presentes nas etapas de avaliação ambulatorial de pacientes candidatos a este tipo de cirurgia e capacitação dos residentes de ortopedia do hospital.
“O objetivo é que mais transplantes como esse, sejam realizados, promovendo a ampliação do acesso à qualidade de vida aos pacientes ortopédicos da região”, destacou Rafael Prinz, chefe do banco de Multitecidos do Into.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o procedimento é um marco para o desenvolvimento do Estado. “A cirurgia representa um avanço na área da Saúde, na região Norte do Brasil, promovendo assim, acesso a tratamentos avançados, desenvolvimento profissional e estimulando a pesquisa médica e a inovação”, ressaltou.
O osso transplantado foi submetido a um processo de preparação, incluindo processamento e conservação
SERVIÇO
De acordo com a coordenadora do setor de transplante do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, Thais Santos, o usuário que procura o serviço deve primeiramente estar regulado. Para isso, basta ir até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, e após o diagnóstico de perda ou falha óssea decorrente de fraturas ou deformidades congênitas será encaminhado para uma avaliação. A coordenação entrará em contato via ligação ou whatsApp, a fim de agendar consulta com o médico especialista em transplante.
“No Estado, foi iniciada a execução do serviço de ambulatório com demais pacientes que estão na fila de transplante ósseo. Dessa forma, é de suma importância que o cartão SUS esteja atualizado, para que o contato seja executado com sucesso pela regulação”, explicou Thais.
O secretário de Estado da Saúde, Jefferson Rocha evidenciou que o sucesso desse transplante pode estimular investimentos em pesquisas médicas e desenvolvimento de técnicas cirúrgicas inovadoras, na região Norte do Brasil. “Essa cirurgia tornou Rondônia pioneira em inovação cirúrgica”, salientou.
INTO
É uma instituição vinculada diretamente ao Ministério da Saúde (MS), é reconhecido nacionalmente como um centro de excelência no tratamento cirúrgico ortopédico de alta complexidade, dedicado exclusivamente ao atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
A instituição conta com um Banco de Multitecidos, pioneiro no Brasil, responsável pela captação, processamento e distribuição de córnea, pele e tecidos musculoesqueléticos (ossos, tendões, meniscos e cartilagem). O Instituto mantém equipes preparadas para realizar captações 24 horas por dia, durante o ano. Todo o procedimento, desde a captação até a distribuição do tecido a ser transplantado, é gratuito.
O Brasil já registrou 391 mortes por dengue de janeiro até esta segunda-feira (11), conforme dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. De acordo com o levantamento, os casos prováveis da doença chegaram a 1.538.183 e há 854 mortes e investigação.
Entre os casos prováveis, 55,5% são de mulheres e 44,5% de homens. A faixa etária dos 30 aos 39 anos segue respondendo pelo maior número de ocorrências de dengue no país, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos.
Minas Gerais lidera em número absoluto de casos prováveis (513.538) entre os estados. Em seguida, estão São Paulo (285.134), Paraná (149.134) e o Distrito Federal (137.050). Quando se considera o coeficiente de incidência, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com 4.865 casos por 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais (2.500,3), Espírito Santo (1.490,2) e Paraná (1.303,3).
A explosão de casos de dengue fez com que pelo menos oito unidades da Federação decretassem emergência em saúde pública: Acre, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.
A medida facilita acesso a recursos federais e agiliza processos voltados ao combate da doença.
Como acalmar uma criança com autismo?. Foto: Ilustrativa
Dados publicados neste ano pelo órgão de saúde americano Centers for Disease Control and Prevention (CDC) mostraram que 1 a cada 36 crianças americanas com menos de 8 anos têm autismo. Em 2000, a prevalência era de 1 em 150. No Brasil ainda não temos estes dados, pois o Censo 2022 foi a primeira pesquisa que vai quantificar pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e esses dados ainda não foram divulgados.
O autismo tem causas genéticas e ambientais. Além disso, ele é poligênico, ou seja, mais de um gene é afetado. Crianças com TEA normalmente têm dificuldades em lidar com as emoções. Logo, para os pais vira um desafio acalmar o pequeno.
Pais de crianças típicas ou atípicas em algum momento já enfrentaram uma birra ou teimosia do seu filho. Há diferenças entre birra e uma crise no autismo. As birras são manipulações para conseguir o que deseja.
As crises no autismo ocorrem em decorrência de respostas a sensação de sobrecarga sensorial, emocional ou comportamental por atraso de desenvolvimento e incompreensão das relações e imposições sociais. Elas saem fora de um controle razoável, podendo acontecer em qualquer faixa etária e sendo mais intensas e duradouras do que as birras.
Crises podem apresentar alguns sinais de alerta que são exteriorizadas pelo acúmulo de emoções descontroladas e sem o devido filtro social. Manifestam-se por gritos, instabilidade de humor, movimentos repetitivos, auto agressividade, automutilações, entre outras ações. Estes sinais são um alerta de que se está perdendo o controle.
Administrar as crises em crianças com autismo não é uma tarefa fácil, pois, diferentemente das birras, as crises são mais complexas e de diversas naturezas. Logo, é necessário tempo e estratégias para que os pais e cuidadores saibam gerir tal problema e acalmar a criança.
Os sinais que precedem uma crise em geral são muito claros para os pais de autistas e por isso é possível detectar o início com antecedência. Se o pequeno ficar mais retraído ou tenso, apresentar instabilidade emocional e determinados movimentos corporais, isso é um sinal de alerta. Outro ponto: devemos conhecer muito nossos filhos para nos antevermos e anteciparmos meios de prevenção.
Deve-se também estar atento à mudança de foco. Ao detectar algum sinal de alerta para uma crise, distraia a criança. Assim, você está direcionando o foco para outra situação a fim de evitar o aumento das emoções. Direcione a atenção dela para um brinquedo, personagem ou estímulos que normalmente a acalmam.
Tente manter-se calmo nesse momento. Passar segurança e tranquilidade é uma das chaves para acalmá-la e permite ao cuidador um manejo inteligente. Por esse motivo, respire fundo, fale tranquilamente e com a voz baixa e seja paciente.
Muitas vezes, o gatilho de uma crise pode ter sido gerado pelo ambiente em que o pequeno se encontra, mudanças de lugares, ações inesperadas ou súbitas. Outras vezes, a culpa não foi do ambiente em si. Porém, em ambas as situações a mudança de ambiente para um que o satisfaça é válida. Desse modo, quando for possível, procure um local mais tranquilo para que seu filho tenha estímulos relaxantes.
Autista gosta de rotina. Manter uma rotina regular e com estabilidade auxilia de maneira positiva o desenvolvimento e a vivência. Apesar de ser praticamente impossível ter uma rotina todos os dias, e além de ser importante ter uma certa flexibilidade no cotidiano, uma programação previsível conforta o dia da pessoa com TEA.
Para estabelecer uma rotina saudável para a criança autista, a família também precisa estar unida para proceder da melhor forma, além de incluir a escola e os profissionais envolvidos. Além disso, caso ocorra mudanças na rotina, procure avisar o pequeno com antecedência ou fazê-lo presenciar antes a experiência como passeios, viagens, férias, entre outros.
Diabetes é responsável por mais de 28 amputações por dia. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Especialistas fazem alerta no Dia Mundial do Diabetes
O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, entre janeiro e agosto deste ano, 6.982 amputações de membros inferiores (pernas e pés) causadas por diabetes, o que equivale à média de mais de 28 ocorrências por dia.
Os casos vêm crescendo ano a ano, conforme mostram os dados do Ministério da Saúde. O número de amputações em 2022 (10.168) foi 3,9% superior ao total de 2021 (9.781), o que representou média de 27,85 cirurgias por dia, no ano passado, em unidades públicas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a doença já figura como a principal causa de amputação não traumática em membros inferiores, no país. As amputações traumáticas são as que ocorrem, por exemplo, em acidentes de trânsito ou de trabalho.
“Hoje, nós temos um número de grande de amputações sem ser por acidente. E a principal causa é justamente o diabetes, além do cigarro. Então, a gente tem que combater esses males”, reforça o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Levimar Araújo, portador de diabetes tipo 1.
A SBD aponta também que 13 milhões pessoas com diabetes têm úlceras nos pés, os chamados pés diabéticos, que podem resultar nestas amputações.
Preocupada com o cenário, a Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) alerta para essa complicação que pode atingir tanto pacientes com diabetes mellitus do tipo 1, como do 2. O presidente da ABTPé Luiz Carlos Ribeiro Lara, dimensiona a situação.
“Entre todas as suas complicações, o pé diabético é considerado um problema grave e com consequências, muitas vezes, devastadoras em razão das úlceras, que podem implicar em amputação de dedos, pés ou pernas.”
O alerta sobre as complicações que afetam as pessoas com a doença ocorre no Dia Mundial do Diabetes, celebrado neste 14 de novembro. Em 2023, a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu como tema da campanha: Educação para Proteger o Futuro. O objetivo é destacar a necessidade de melhorar o acesso à educação de qualidade sobre a doença a profissionais de saúde e pessoas com a doença.
Pé diabético
A neuropatia periférica provocada pelo diabetes causa a perda das funções dos nervos do pé. Com isso, ficam prejudicados o tato e a sensibilidade para a dor. Essa redução da sensibilidade relacionada ao diabetes dificulta a percepção do paciente em notar lesões ou feridas.
Em entrevista à Agência Brasil, a diretora da ABTPé, a endocrinologista Jordanna Maria Pereira Bergamasco, relaciona a sensibilidade dos pés com um fator de proteção à pessoa com diabetes.
“Esse pé não tem a sensibilidade protetora, então, sem perceber ocorrem feridas e infeccionam. O paciente não consegue resolver e estas acabam em amputações menores ou maiores, ou seja, desde uma pontinha de dedo até uma perna. Tudo por causa das feridas. E o número de ocorrências é grande.”
Jordanna confirma também ser inevitável que, em até dez anos após o desenvolvimento do diabetes, comecem a surgir os sintomas da neuropatia periférica, mesmo com a doença controlada, esses pacientes vão ter algum grau de neuropatia. Porém, segundo ela, a saída é o controle da glicose no sangue, que pode adiar as alterações neurológicas, principalmente, dos membros inferiores, e consequentemente, evitar mutilações.
“A doença leva à neuropatia, a gente não consegue evitar. O único jeito de conseguir postergar isso é com controle glicêmico. E para evitar as amputações é com cuidado”, conta a endócrino.
Na família
A professora de uma escola pública do ensino fundamental do Distrito Federal, Amanda Pereira, conhece bem várias das rotinas de prevenção às complicações do diabetes. Em dezembro de 2021, ela perdeu a mãe Marilena Pereira, aos 64 anos, devido a uma infecção generalizada que começou com uma ferida no pé e chegou a atingir o osso.
Amanda contou à Agência Brasil que a mãe ficou diabética em 2007, aos 40 anos, e se revoltou com as restrições na alimentação impostas pela doença. Marilena seguiu fazendo uso de bebidas alcoólicas, cigarros e refrigerantes. Continuou a ingerir doces desregradamente e se recursou a fazer atividades físicas.
Até que, em 2015, a doença não perdoou as extravagâncias de Marilena que perdeu a visão do lado esquerdo e parte do lado direito. A consequência contribuiu para que a mãe de Amanda desenvolvesse depressão e não quisesse mais ir às consultas médicas.
Em 2019, após fraturar o fêmur, em uma queda no banheiro, Marilena ainda perdeu a autonomia para se deslocar e, na sequência, teve uma trombose.
“Tenho a impressão que minha mãe envelheceu 30 anos em seis. Ela desistiu de viver,” lamentou Amanda.
Apesar dos cuidados dos familiares, o simples atrito dos pés da mãe no lençol da cama rendeu à Marilena a ferida derradeira no pé, que não cicatrizou e a levou a óbito. Hoje, aos 44 anos, Amanda voltou a sentir os assombros das consequências do diabetes: ela convive com o sogro e um aluno com acometidos pela doença. O sogro já está, gradativamente, perdendo a visão.
As experiências negativas, no entanto, também lhe ensinaram sobre a doença. “O importante do diabetes é estar se cuidando, porque, com o tempo, vai consumindo o organismo da pessoa. A doença é silenciosa. Ela não avisa. Quando chega, já vem estragando tudo. Mas, se a pessoa vai cuidando, é mais difícil de acontecer algo, principalmente se ela é acompanhada por médicos, se tem uma alimentação saudável e pratica uma atividade física regular. A diabetes, para mim, é uma doença terrível”, conclui a professora.
Cuidados
Jordanna explica que os pés de pessoas com diabetes exigem cuidados especiais:
Exame visual periódico dos pés pela própria pessoa, familiar ou profissional de saúde;
vestir meias brancas ou de cor clara, principalmente de algodão, para observar possíveis manchas de sangue no tecido;
em situações de baixa mobilidade ou sobrepeso, usar um espelho para verificar a sola dos pés;
evitar calçados apertados, duros, de plástico, de couro sintético, com bicos finos, saltos altos e sandálias que deixam os pés desprotegidos;
escolher sapatos confortáveis;
não usar calçados novos, por mais de uma hora por dia, até que estejam macios;
evitar andar descalço para não se machucar em batidas e topadas;
cortar as unhas dos pés com um profissional e não retirar calos ou cutículas;
manter os pés sempre aquecidos;
verificar a temperatura da água com o cotovelo antes de colocar os pés;
não usar bolsas de água quente;
hidratar os pés para evitar rachaduras que podem servir de acesso a infecções oportunista;
enxugar a umidade entre os dedos para evitar frieiras;
não andar descalço no chão quente para evitar queimaduras; e
em caso de lesões, procurar um médico.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou à Agência Brasil que desenvolve estratégias para promover a saúde e prevenir as condições crônicas que decorrem do diabetes. Entre as ações listadas estão o acompanhamento nutricional e alimentar, estímulo à adoção de hábitos saudáveis, além dos guias alimentares para a população brasileira:
“A pasta também credenciou novos polos da Academia da Saúde, espaços próprios para a prática de atividade física, essencial para um estilo de vida mais saudável”
O Ministério da Saúde informou ainda que, em 2023, investiu mais de R$ 870 milhões no custeio de equipes multiprofissionais, compostas por especialistas de diferentes áreas da saúde – entre elas nutrição e educação física, para atuar na Atenção Primária à Saúde, considerada a porta de entrada da saúde pública no Brasil.
Fonte: Daniella Almeida – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Ministério da Saúde altera período para atender particularidades da região. Últimos meses do ano têm maior circulação viral e transmissão da gripe. Estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas
A vacinação contra a gripe nos estados da região Norte inicia nesta segunda-feira (13/11) e vai até 15 de dezembro. Tradicionalmente realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio, a imunização no Norte foi adiantada, enquanto que nas outras regiões será realizada daqui a seis meses. A medida, adotada de forma inédita pelo Ministério da Saúde, visa atender às particularidades climáticas da região, que inicia agora o “Inverno Amazônico” – período de maior circulação viral e de transmissão da gripe.
A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. A estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas no Norte brasileiro. O Dia D de mobilização para a vacina está previsto para 25 de novembro.
Para convocar a população a se vacinar, o Ministério da Saúde vai veicular uma campanha publicitária na TV, no rádio, em carros de som e mídia exterior nos sete estados da região: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A pasta informa que a vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
Podem se vacinar:
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
Trabalhadores da Saúde;
Gestantes;
Puérperas;
Professores dos ensinos básico e superior;
Povos indígenas;
Idosos com 60 anos ou mais;
Pessoas em situação de rua;
Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
Profissionais das Forças Armadas;
Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
Pessoas com deficiência permanente;
Caminhoneiros;
Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
Trabalhadores portuários
Funcionários do sistema de privação de liberdade;
População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez deverão tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias.
Microplanejamento
Em 2024, a vacinação contra a influenza acontecerá no primeiro semestre do ano nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, enquanto no Norte será no segundo semestre.
A estratégia de microplanejamento, realizada pelo Ministério da Saúde em conjunto com os estados e municípios, é uma ferramenta de planejamento de uso contínuo das ações de vacinação tanto em campanhas quanto na rotina de vacinação. Ela visa fortalecer e ampliar o acesso à vacinação, respeitando as diversidades regionais, em que a organização e a operacionalização consideram a realidade local, direcionando esforços para o alcance da cobertura vacinal.
Entre as estratégias que podem ser adotadas com o microplanejamento pelos municípios, estão a realização do Dia D de vacinação, busca ativa de não vacinados, vacinação nas escolas, vacinação para além das unidades de saúde, checagem da caderneta de vacinação e intensificação da vacinação em áreas indígenas, entre outros.
Câncer de próstata: na Região Norte do país, o Pará lidera em número de casos e Roraima, em crescimento, na comparação entre os anos 2022 e 2021
A Região Norte do país segue tendência de alta de casos de câncer de próstata em seis dos sete estados, de acordo com números levantados pelo Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) na base de dados do Datasus. Em termos de Brasil, o Cancer Tomorrow, da OMS, aponta que em 2040 os tumores de próstata serão a causa de 41,4 mil mortes, um aumento de 122%, acima da média anual, que registra acréscimo de 97%. Alinhado ao cenário e em alusão ao Novembro Azul, o IUCR lança a campanha SÓ UM TOQUE, MAN! que convoca os homens a aderir à prevenção, diagnóstico precoce e cuidados gerais com a saúde para redução da carga de incidência e mortalidade
Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registrará 71.740 casos novos a cada ano deste triênio (2023-2025), um aumento de 8,5% em relação a estimativa anterior (2020-2022), que era de 65.840 casos anuais. No país, os tumores malignos de próstata respondem por 3 em cada 10 casos de câncer diagnosticados nos homens.
Na Região Norte, os números levantados pelo Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) no Painel de Oncologia Brasil/Datasus, que considera o atendimento no Sistema Único de Saúde – SUS ((confira na tabela a seguir), revelam que a tendência de aumento de casos já está presente em 2022, comparado ao ano anterior.
Em muitos estados, o número de casos de 2022 já supera os apresentados em 2019, antes da pandemia (período de queda, em função da dificuldade de realizar diagnósticos devido a fatores como a sobrecargas do sistema de saúde, confinamento da população, entre outros). Na última coluna da tabela, o IUCR apresenta os números informados no sistema Datasus para os primeiros oito meses de 2023, que ainda estão em processo de atualização.
Região Norte – Diagnóstico de câncer de próstata *
*Painel Oncologia Brasil/Datasus – Casos segundo UF da residência
Também no Painel de Oncologia Brasil/Datasus é possível colher dados sobre o teste PSA (Antígeno Prostático Específico), um exame de sangue realizado, principalmente, para rastrear o câncer de próstata. No período de 2019 a 2022, o volume desse exame, de acordo com dados informados na plataforma, tem crescido nos estados da Região Norte, com um aumento de 134% na quantidade de exames realizada em 2022, comparada a 2019. Confira:
*Painel Oncologia Brasil/Datasus – Casos segundo UF da residência
Nesse mesmo período (2019/2022), de acordo com a mesma base de dados, foram realizadas 399 prostatectomias, procedimento cirúrgico para retirada da próstata, em casos de câncer. Desse total, 97 foram feitos em 2019; 80, em 2020; 93, em 2021; e 129, em 2022.
ALTA TAXA DE MORTALIDADE
O câncer de próstata, embora seja uma doença que na maioria dos casos seja de crescimento lento, é o tumor maligno mais comum entre os homens e com alta taxa de mortalidade. Se medidas mais efetivas de rastreamento populacional de câncer de próstata não forem adotadas, poderá haver o dobro de casos e mortes anuais pela doença em 2040. É o que aponta levantamento feito pelo Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) na base Cancer Tomorrow da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde.
A ferramenta, que prevê a incidência futura do câncer e a carga de mortalidade mundial e em cada país do planeta a partir das estimativas de 2020 até 2040, aponta que o número de casos anuais de câncer de próstata no mundo saltará de 1,41 milhão para 2,43 milhões em 2040 (aumento de 75%), enquanto a mortalidade irá de 375 mil para 740 mil no período (aumento de 97%). No Brasil, o aumento entre as duas décadas é ainda mais acentuado que a média mundial: acréscimo de 83% nos casos anuais e de 122% na mortalidade anual.
SÓ UM TOQUE, MAN
Os números acendem o alerta para a intensificação das ações alusivas ao Novembro Azul, mês de conscientização mundial sobre câncer de próstata. Com esse foco, o IUCR cria em 2023 a campanha SÓ UM TOQUE, MAN, com mensagem-chave que faz analogia à disseminação de dicas de cuidados com a saúde, assim como lembra sobre a importância do exame de toque (associado ao exame de PSA), que é um tabu na população masculina.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que os homens a partir de 50 anos procurem um profissional especializado, para avaliação individualizada. Aqueles da raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar aos 45 anos. O rastreamento deverá ser realizado após ampla discussão de riscos e potenciais benefícios, em decisão compartilhada com o paciente. Após os 75 anos, poderá ser realizado apenas para aqueles com expectativa de vida acima de 10 anos.
“Os homens são mais resistentes a cuidar da saúde. Infelizmente, é uma questão cultura, na qual muitos não aceitam estar em qualquer condição que eles julguem ser de vulnerabilidade. Isso fecha janelas de oportunidade para prevenção e para um potencial diagnóstico mais precoce. Precisamos dar este toque nos homens”, alerta o urologista e cirurgião oncológico Gustavo Cardoso Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador dos departamentos cirúrgicos oncológicos da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
PRINCIPAIS TOQUES PARA OS HOMENS
Passe em consulta com o urologista uma vez ao ano
Se você já tem 45 anos de idade ou mais, faça o exame de toque retal e de sague PSA para a prevenção do câncer de próstata
Tenha uma alimentação equilibrada todos os dias
Faça a atividade física regularmente
Não fume
Use preservativo na relação sexual
Bebida alcoólica só com moderação
Fique alerta aos sinais do seu corpo
Mantenha o peso adequado
TRATAMENTO
A definição do tratamento é feita caso a caso, levando em conta variáveis como idade, tipo do câncer, estágio, estadiamento, estado clínico e emocional do paciente e possíveis efeitos colaterais associados ao tratamento.
“Munidos dessas informações, podemos oferecer uma abordagem personalizada, baseada em evidências científicas, beneficiando cada paciente de forma assertiva”, explica Gustavo Guimarães.
As abordagens podem ser cirúrgicas, com destaque para a robótica; assim como por ultrassom de alta frequência, hormonioterapia, radioterapia, crioterapia, protonterapia e quimioterapia.
“Há casos também em que a doença é indolente a tal ponto de optarmos por não tratar. Mantemos assim uma vigilância ativa, só optando pela terapia caso a doença evolua”, afirma.
Tysabri é indicado para esclerose e Ozempic, para diabetes tipo 2
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta sexta-feira (03/11), em seu site, um alerta aos profissionais de saúde e à população sobre lotes falsificados de dois medicamentos: Tysabri® (que contém a substância ativa natalizumabe), indicado para tratamento de formas mais ativas de esclerose múltipla, e Ozempic® (o princípio ativo semaglutida), para tratar, em conjunto com dieta e atividades físicas, pacientes adultos com diabetes tipo 2, quando o corpo não produz insulina ou cria resistência a ela.
O alerta sobre o medicamento Tysabri ocorre após a empresa detentora do registro, Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda., comunicar à Anvisa a identificação, no país, da falsificação do produto biológico Tysabri (natalizumabe), lote FF00336, válido até janeiro de 2026.
De acordo com o laboratório Biogen, o lote foi produzido apenas para fins institucionais, e não comerciais, e tem características divergentes das constantes no medicamento original, vendido nas farmácias.
Para este caso, a Anvisa publicou no Diário Oficial da União a Resolução 3.874/2023, que adota medidas preventivas, como apreensão e proibição de distribuição, comercialização e uso do produto falsificado.
Para identificar itens do lote em questão (FF00336), a empresa informa que há erros de ortografia do endereço da empresa responsável pela importação e distribuição do produto no país, diferença na cor da faixa laranja e azul da embalagem, formatação das letras e ausência da inscrição em braile na embalagem, tratando-se, portanto, de falsificação, conforme imagem abaixo.
Sobre a falsificação do Ozempic, a Anvisa recebeu outro comunicado, desta vez, da empresa responsável pelo produto biológico Ozempic (semaglutida), a Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda. A empresa denunciou como falso, no mercado brasileiro, o lote LP6F832, que indicaria ser válido até novembro de 2025.
O laboratório Novo Nordisk não considera esse lote das canetas válido e, portanto, trata-se de um produto falsificado.
Da mesma forma que no caso do Tysabri, a agência publicou a Resolução 3.945/2023, que determina, igualmente, a apreensão e a proibição de comercialização, distribuição e uso do medicamento falsificado.
Em seu site, A Novo Nordisk orienta o consumidor a desconfiar de preços muito baixos, pontos de vendas não tradicionais e atenta que o Ozempic é vendido apenas em canetas pré-preenchidas injetáveis. Não existe outra apresentação.
Orientações
A Anvisa recomenda que a população e os profissionais de saúde somente adquiram medicamentos em estabelecimentos devidamente regularizados, sempre na embalagem completa (dentro da caixa) e com nota fiscal.
Em caso de identificação de unidades de remédios com suspeita de falsificação, a população ou os profissionais de saúde não devem usar o produto e devem entrar em contato com as empresas detentoras do registro desses produtos, para verificar sua autenticidade.
Além disso, o fato deve ser comunicado imediatamente à Anvisa, preferencialmente por meio do sistema Notivisa, no caso de profissional de saúde. Já os pacientes podem denunciar a existência do medicamento falsificado na ouvidoria, por meio da plataforma FalaBR, com login (CPF) e senha cadastrados no portal Gov.br.
A consulta do histórico de produtos irregulares já identificados no Brasil pode ser realizada no sistema de consultas da Anvisa, disponível em seu website.
Para mais informações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem a central de atendimento telefônico ao público (0800-6429782), disponível das 7h30 às 19h30, de segunda a sexta-feira, exceto feriados. A ligação é gratuita para todo o Brasil.
Fonte: Daniella Almeida – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Grupo interministerial vai propor sistema de cotas para o Mais Médicos. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Trabalho terá duração de 120 dias
Um grupo de trabalho interministerial foi criado para avaliar e propor recomendações para a reserva de vagas para pessoa com deficiência e grupos étnico-raciais, nos concursos para profissionais do programa Mais Médicos para o Brasil. O decreto que estabelece a composição e as regras para os encontros dos representantes foi publicado nesta sexta-feira (06/10), no Diário Oficial da União.
O grupo será coordenado pelo representante do Ministério da Saúde e terá ainda a participação dos ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, da Igualdade Racial, do Planejamento e Orçamento, e dos Povos Indígenas.
O trabalho terá duração de 120 dias, com reuniões mensais e a elaboração de um cronograma de atividades. Ao final desse prazo será elaborado um relatório para ser encaminhado aos ministros dos órgãos participantes, assim como o planejamento dos trabalhos.
De acordo com o Ministério da Saúde, após a retomada do programa no início do ano, quase 2 mil municípios foram atendidos, sendo 45% de regiões de vulnerabilidade social. A expectativa é de que até o fim de 2023, 28 mil profissionais estejam realizando atendimento em todo o país.
Local de atuação
O Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP) está aberto, até sexta-feira (06/10), para receber a escolha do local de atuação pelos profissionais selecionados nos últimos processos seletivos, dos ciclos 33 e 34 do Mais Médicos.
Fonte: Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Falta de informação e de diagnóstico despontam como obstáculos para combater a doença
Apesar de ser uma doença prevenível, o tromboembolismo venoso, afetou uma média de 884 brasileiros por ano no Norte entre 2012 e 2022 e muitos foram hospitalizados em decorrência da doença, segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBAVC). A enfermidade pode acarretar diversas complicações e até levar à morte se não tratada adequadamente.
“A trombose venosa profunda pode levar a uma série de condições médicas potencialmente fatais, incluindo embolia pulmonar, se os pacientes não tiverem o cuidado apropriado”, afirma o cirurgião vascular e endovascular Eduardo Ramacciotti, professor da Loyola University Chicago (EUA) e chefe do departamento de Medicina Cardiovascular do Hospital e Maternidade Dr. Cristóvão da Gama, do Grupo DASA.
A trombose venosa profunda, uma condição caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos (trombos) nas veias, é uma enfermidade silenciosa, então nem sempre apresenta sintomas. Em alguns casos, os sinais são dor nos membros inferiores, inchaço e aumento da temperatura nas pernas.
Por esse motivo, a avaliação médica é essencial para checar a predisposição à trombose ou seu desenvolvimento, a fim de determinar medidas profiláticas para prevenção ou a melhor abordagem terapêutica para combater a doença. O diagnóstico preciso e o tratamento eficaz são fundamentais para evitar a sua progressão.
Outro aspecto importante é a conscientização sobre a doença para identificar fatores de risco e sintomas, aumentando as chances de sucesso nos tratamentos preventivos e terapêuticos.
Fatores de risco e tratamento adequado
Predisposição genética, idade avançada, câncer, hospitalizações prolongadas, obesidade, uso de contraceptivos, consumo de álcool, tabagismo e falta de movimentação são alguns dos principais fatores de risco.
Por isso, o primeiro passo para reduzir as chances de desenvolver a doença é adotar estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, hidratação adequada, prática de atividades físicas e visitas regulares ao médico.
Não ficar muito tempo sentado ou parado em pé e usar meias de compressão também podem ajudar a diminuir a ocorrência de trombos nos membros inferiores.
“O tratamento da trombose venosa garante mais qualidade de vida aos pacientes. Por exemplo, o uso de biomedicamentos (como a enoxaparina) para prevenção e tratamento da doença tem se mostrado muito eficiente e seguro, com perspectivas muito positivas tanto para os pacientes quanto para o sistema de saúde”, explica Ramacciotti.
Por isso, se o paciente vai fazer cirurgia, tem histórico de trombose, um simples escore de risco (escore de Caprini) pode indicar quais pacientes vão se beneficiar do uso de anticoagulantes para evitar ou eliminar trombos.
A prevenção ou o controle efetivo da trombose venosa profunda ainda contribui para a redução de custos com complicações, menos hospitalização e maior giro de leitos para atender pessoas com outras doenças graves ou que passam por cirurgias.
“O uso inteligente e racional dos recursos ajuda a manter o equilíbrio financeiro e possibilita investir mais em novas tecnologias no âmbito assistencial”, finaliza o especialista.
Antes de tudo é fundamental explicar que a Síndrome de Down não é uma doença. Ela acontece quando a criança apresenta trissomia do cromossomo 21, ou seja, nasce com a ocorrência genética de um cromossomo 21 a mais nas células. Os pais devem estar cientes de que elas podem se desenvolver de modo a alcançar autonomia e qualidade de vida.
As pessoas com Síndrome de Down apresentam algumas características físicas como baixa estatura; olhos puxados e amendoados; sobrancelhas unidas e face achatada. Além disso, podem apresentar questões de saúde como atraso no desenvolvimento; déficits auditivos, de visão e de coluna, e problemas neurológicos.
Também podem apresentar déficit cognitivo, dificuldade de comunicação e redução do tônus muscular. Na escola, o desempenho delas melhora quando as instruções dadas são mais visuais. A aprendizagem desses pequenos é facilitada quando são usados modelos e exemplos que possam ver, de preferência com ilustrações grandes e símbolos.
A repetição das orientações em sala de aula também é essencial. É importante reforçar comandos e solicitações para que os estudantes possam compreendê-las. Deve-se sempre utilizar uma linguagem verbal simples. Lembre-se que crianças com Síndrome de Down não são todas iguais. Aliás, toda criança típica ou atípica, tem sua individualidade e especificidades e, como qualquer criança, não merecem ser colocadas em uma caixinha.
O diagnóstico da síndrome de Down pode ser feito durante a gravidez, através de exames realizados no pré-natal. Porém, o diagnóstico também pode ser realizado no pós-parto.
O tratamento é feito de acordo com a identificação das necessidades de cada criança. Além disso, há programas de intervenção precoce com equipe multidisciplinar que promovem uma melhor qualidade de vida para as pessoas com Síndrome de Down.
É de suma importância que o acompanhamento médico seja mantido desde o nascimento. Portanto, por mais que não exista cura, o tratamento precoce é indispensável, pois ele pode propiciar uma ótima qualidade de vida e avanços significativos no desenvolvimento.
É sempre importante lembrar que a partir da compreensão das semelhanças e diferenças podemos, juntos, enquanto sociedade, garantir o tratamento e a educação baseada em evidências científicas, o desenvolvimento e o crescimento saudável de todas as crianças.
O Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro é responsável por realizar exames mais complexos e cirurgias cardíacas
Setembro Vermelho é considerado um mês de conscientização para o cuidado cardíaco, graças à relevância do órgão responsável por bombear sangue para todo o corpo, garantindo que tecidos e demais órgãos recebam oxigênio e nutrientes. Diante disso, a Secretaria de Estado da Saúde – Sesau apresenta a importância da prevenção e cuidados, com objetivo de conscientizar a população e amenizar casos graves de doenças cardíacas.
O cirurgião cardiovascular do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, José Carlos destacou os perigos dos maus hábitos.
“Algumas situações de doenças cardiológicas não podem ser evitadas, que são as de decorrências genéticas, mas as que se desenvolvem com o tempo têm possibilidades de se evitar com uma rotina de prática de exercícios, dieta balanceada e consultas médicas”, afirmou.
O secretário de Estado da Saúde, Jefferson Rocha salientou sobre as unidades de atendimento que, “nossa gestão realizou a contratação de profissionais especializados nas unidades de todo o Estado, para oferecer o suporte necessário no serviço público”.
SERVIÇO
Em casos de sintomas de pressão alta ou desconforto torácico, é recomendado se direcionar à uma Unidade Básica de Saúde – UBS ou Unidade de Pronto Atendimento – UPA mais próxima da região para o acompanhamento especializado, o qual pode ser feito inicialmente na Policlínica Oswaldo Cruz – POC mediante consultas, procedimentos e avaliações ambulatoriais.
Os exames mais complexos como cateterismo, atendimentos ambulatoriais, clínicos, diagnósticos via hemodinâmica, terapia hemodinâmica e cirurgias cardíacas são realizados no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, porém, para receber tais serviços, o paciente do Sistema Único de Saúde – SUS precisa estar regulado.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha enfatizou acerca dos investimentos na área da cardiologia no Estado.
“O Hospital de Base é o único do Estado credenciado para realizar cirurgias complexas cardíacas, dessa forma, estamos investindo em infraestrutura na unidade, com objetivo de ofertar um ambiente com qualidade para os pacientes e profissionais”, pontuou.
COMO PREVENIR
Reduzir a ingestão de alimentos gordurosos e com muito sal;
Amazonas registra taxa de câncer de colo do útero 4 vezes maior que São Paulo e Rio Grande do Sul
Com a maior taxa de câncer de colo do útero do Brasil, registrando 31 casos para cada 100 mil mulheres, o estado do Amazonas tem quatro vezes maior prevalência da doença quando comparado com São Paulo e Rio Grande do Sul, que apresentam as menores taxas do país. Doença pode ser prevenida com acesso à vacina contra HPV e exame de Papanicolau, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), alerta o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológico (EVA), criadora da campanha Setembro em Flor, de conscientização sobre cânceres do aparelho reprodutor feminino
O estado do Amazonas lidera as estimativas de câncer de colo do útero no país, com prevalência de 31,71 casos para cada 100 mil mulheres, taxa quatro vezes superior à de São Paulo e Rio Grande do Sul, que registram, respectivamente, 7,58 e 7,11 casos para cada 100 mil mulheres. Altas taxas de câncer de colo do útero também são registradas em outros estados da Região Norte. O segundo colocado é o Amapá, com uma taxa estimada de 26,73 casos para cada 100 mil mulheres.
De acordo com o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), que criou a campanha Setembro em Flor, os números são reflexo dos gargalos de acesso na região Norte ao exame Papanicolau e da baixa adesão à vacina contra o papilomavírus humano (HPV), apesar de estar disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
NÚMEROS NO BRASIL
As estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para cada ano do próximo triênio (2023-2025) apontam para 32 mil novos casos de câncer ginecológico, um dos mais incidentes nas mulheres, sendo que os três órgãos do sistema reprodutor feminino mais acometidos por tumores malignos são os de colo do útero, ovário e corpo do útero (endométrio), que somam 32,1 mil novos casos anuais, o que representa 13,2% de todos os casos de câncer diagnosticados nas brasileiras.
VACINA CONTRA O HPV
O papilomavírus humano (HPV) é um vírus que pode causar câncer do colo de útero e verrugas genitais. Geram lesões benignas, pré-invasivas ou invasivas, como o câncer de colo do útero (responsável por 99,7% dos casos) e outros tipos de câncer de órgãos genitais. Outro dado aponta que 80% da população sexualmente ativa contrai a infecção pelo HPV pelo menos uma vez na vida.
A vacinação contra o HPV é um dos grandes aliados para o controle dessa doença. No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) disponibiliza gratuitamente a vacinação desde 2014, sendo indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos, homens e mulheres até os 45 anos que vivem com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e vítimas de violência sexual.
A Sociedade Brasileira de Pediatria, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) também recomendam a vacinação de mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos, o mais precoce possível.
Campanha Setembro em Flor
A campanha que marca o mês de conscientização do câncer ginecológico foi criada em 2021 pela oncologista clínica Andréa Paiva Gadêlha Guimarães, diretora do EVA e coordenadora de Advocacy. A ação surgiu de uma carência de conhecimento da população brasileira sobre os tipos de cânceres que acometem o aparelho reprodutor feminino: câncer de colo de útero, ovário, endométrio, vagina e vulva. Durante as atividades, que ocorrem anualmente em setembro, o foco é conscientizar a população feminina sobre os sintomas e formas de prevenção.
Sintomas de tumores ginecológicos
Embora muitos tumores se apresentem de forma assintomática, principalmente nos estágios iniciais, a maioria se desenvolve com os seguintes sintomas:
Sangramento vaginal fora do ciclo menstrual;
Sangramento vaginal na menopausa;
Sangramento vaginal após a relação sexual;
Corrimento vaginal incomum;
Dor pélvica;
Dor abdominal;
Dor nas costas;
Dor durante a relação sexual;
Abdômen inchado;
Necessidade frequente de urinar.
Diagnóstico de câncer ginecológico
Em caso de suspeita de câncer ginecológico, é necessário realizar uma série de exames minuciosos para definir o histórico correto da paciente e chegar ao diagnóstico preciso, tais como:
Ultrassom;
Radiografia;
Tomografia computadorizada;
Ressonância magnética;
Tomografia por emissão de pósitrons;
Após esses exames é fundamental que seja feita uma biópsia para confirmar o diagnóstico.
Além disso, é essencial avaliar a natureza do tumor. O sistema de estadiamento varia, mas geralmente essas neoplasias são classificadas em quatro níveis diferentes, desde o inicial (Estágio I) até o mais avançado (Estágio IV).