Rondônia realiza primeiro transplante ósseo da região Norte

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A intervenção cirúrgica teve duração de três horas e envolveu uma equipe multidisciplinar

 

 

O primeiro transplante ósseo da região Norte foi realizado nesta quarta-feira (17), em Rondônia, no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, com objetivo de devolver a qualidade de vida e possibilitar a locomoção de um paciente de 30 anos, morador de Porto Velho. A cirurgia foi realizada em parceria com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into); referência no país.

 

A intervenção cirúrgica teve duração de três horas e envolveu uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, radiologistas, técnicos e cirurgiões. O osso transplantado foi submetido a um processo de preparação, incluindo processamento e conservação, realizado pela equipe do Into, sendo transportado por via aérea para Porto Velho, local da cirurgia.

 

Segundo o cirurgião ortopedista e especialista em alongamento e reconstrução óssea, Nelson Marquezine, “anteriormente os pacientes precisavam se deslocar para outras capitais, longe do apoio familiar e conforto dos lares. Hoje é possível realizar esse serviço no Estado”, destacou.

 

Além da captação, preparação, armazenamento e envio do tecido para Porto Velho, o apoio do Into incluiu, ainda, a participação do chefe do Banco de Tecidos, o ortopedista Rafael Prinz, e da chefe de enfermagem do Banco, Tatiana Gargano, que atuaram juntamente à equipe durante a cirurgia e, na orientação dos fluxos do tecido para transplante. Os profissionais também estiveram presentes nas etapas de avaliação ambulatorial de pacientes candidatos a este tipo de cirurgia e capacitação dos residentes de ortopedia do hospital.

 

“O objetivo é que mais transplantes como esse, sejam realizados, promovendo a ampliação do acesso à qualidade de vida aos pacientes ortopédicos da região”, destacou Rafael Prinz, chefe do banco de Multitecidos do Into.

 

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o procedimento é um marco para o desenvolvimento do Estado. “A cirurgia representa um avanço na área da Saúde, na região Norte do Brasil, promovendo assim, acesso a tratamentos avançados, desenvolvimento profissional e estimulando a pesquisa médica e a inovação”, ressaltou.



 

O osso transplantado foi submetido a um processo de preparação, incluindo processamento e conservação

SERVIÇO

De acordo com a coordenadora do setor de transplante do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, Thais Santos, o usuário que procura o serviço deve primeiramente estar regulado. Para isso, basta ir até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, e após o diagnóstico de perda ou falha óssea decorrente de fraturas ou deformidades congênitas será encaminhado para uma avaliação. A coordenação entrará em contato via ligação ou whatsApp, a fim de agendar consulta com o médico especialista em transplante.

 

“No Estado, foi iniciada a execução do serviço de ambulatório com demais pacientes que estão na fila de transplante ósseo. Dessa forma, é de suma importância que o cartão SUS esteja atualizado, para que o contato seja executado com sucesso pela regulação”, explicou Thais.

 

O secretário de Estado da Saúde, Jefferson Rocha evidenciou que o sucesso desse transplante pode estimular investimentos em pesquisas médicas e desenvolvimento de técnicas cirúrgicas inovadoras, na região Norte do Brasil. “Essa cirurgia tornou Rondônia pioneira em inovação cirúrgica”, salientou.

 

INTO

 

É uma instituição vinculada diretamente ao Ministério da Saúde (MS), é reconhecido nacionalmente como um centro de excelência no tratamento cirúrgico ortopédico de alta complexidade, dedicado exclusivamente ao atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

A instituição conta com um Banco de Multitecidos, pioneiro no Brasil, responsável pela captação, processamento e distribuição de córnea, pele e tecidos musculoesqueléticos (ossos, tendões, meniscos e cartilagem). O Instituto mantém equipes preparadas para realizar captações 24 horas por dia, durante o ano. Todo o procedimento, desde a captação até a distribuição do tecido a ser transplantado, é gratuito.

 

 

 

 

 

Fonte

Texto: Lara Lívia

Fotos: Sara Caslow

Secom – Governo de Rondônia