Justiça mantém pena de 17 anos a homem que matou caminhoneiro com pedrada em Vilhena, RO

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Foto mostra buraco em vidro atingido por pedra em Vilhena. — Foto: PRF/Divulgação

 

A Justiça decidiu manter a pena de 17 anos de prisão em regime fechado a Willians Maciel Dias. O homem foi condenado por matar com uma pedrada o caminhoneiro José Batistela, de 70 anos, durante uma manifestação em Vilhena (RO) em 2018.

O réu foi condenado por homicídio doloso em dezembro de 2019. A defesa entrou com recurso pedindo a anulação da condenação ou a redução da pena. No entanto, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Rondônia manteve, por maioria, a pena inicial de 17 anos.

Segundo os desembargadores que julgaram o recurso, a qualificadora de “recurso que dificultou a defesa da vítima” não pode ser excluída, e também é inviável a desclassificação do crime de doloso para culposo pois existem elementos suficientes nos autos que evidenciam o dolo, como o fato do homem ter se apossado de pedras com a intenção de arremessar nos caminhões e ter maximizado conscientemente o perigo criado, tornando a morte do caminhoneiro “mais do que possível, provável”.

G1 tenta contato com a defesa de Willians Maciel.

Relembre o caso



José Batistela estava em caminhão quando foi atingido por pedra — Foto: Arquivo pessoal

 

O caminhoneiro José Batistela, de 70 anos, foi morto com uma pedrada na cabeça no dia 30 de maio de 2018 quando estava parado, dentro do caminhão, perto de um ponto de manifestação dos grevistas.

Willians se entregou à polícia no dia 7 de junho e confessou o ataque, mas disse não ter intenção de matar o caminhoneiro. O homem, que também é caminhoneiro, estava insatisfeito com o fim da greve da categoria.

Em dezembro de 2019 Willians foi julgado e condenado a 17 anos de prisão em regime fechado pelo crime de homicídio doloso, mas pôde recorrer da decisão em liberdade. O julgamento foi realizado no Fórum Leal Fagundes.

Willians Maciel foi condenado por matar com pedrada o caminhoneiro José Batistela. — Foto: Arquivo pessoal

 

 

 

Fonte: G1 RO