VÍDEO: Quase um ano após a morte de Ari Uru-eu-wau-wau, indígenas pedem justiça

Publicada em


Indígenas Uru-eu-wau-wau pedem mais celeridade no inquérito que investiga a morte de Ari Uru-eu-wau-wau ocorrido na RO-010 no Distrito de Tarilândia em abril de 2020

Foto: PortalP1

 

Indígenas Uru-eu-wau-wau com apoio de outras etnias de Rondônia iniciaram manifestações pacíficas pedindo justiça pela morte do professor indígena Ari Uru-eu-wau-wau ocorrido em 18 de abril de 2020, após ter sofrido agressões e corpo encontrado ao lado da motocicleta na RO-010 no Distrito de Tarilândia em Jaru (RO). As manifestações pedindo justiça são feitas através de cartazes e vídeos gravados pelos indígenas.

Povos indígenas de Rondônia se mobilizam em manifestações pacíficas pedindo justiça pela morte do professor indígena Ari uru-eu-wau-wau ocorrido em 18 de abril de 2020. Corpo do indígena com sinais de violência na região do pescoço e lesões na cabeça que provocaram traumatismo craniano foi encontrado ao lado da sua motocicleta na RO-010 no Distrito de Tarilândia, na época, a primeira informação que a policia recebeu é que o indígena havia sido vítima de um acidente de trânsito, mas as lesões no corpo, levantou-se a suspeito de homicídio.

Ari uru-eu-wau-wau tinha 33 anos, era professor e integrava o grupo de vigilância do povo indígena Uru-eu-wau-wau, que tem por objetivo fiscalizar e denúncias crimes dentro das terras demarcadas para a etnia.
Segundo Awapu Juwi, primo de Ari, a vítima deixou dois filhos que desde a morte do pai apresentam sinais de depressão. Em vídeo e fotos enviados à redação do Portal P1, os indígenas pedem justiça pela morte de Ari Uru-eu-wau-wau, em um deles com a frase “sangue indígena nenhuma gota a mais”.

De acordo com Awapu, apesar das investigações terem apontado a morte de Ari como homicídio, quase um ano após o crime, ninguém foi preso.

“A gente teve acompanhamento daí, da investigação da morte do Ari e a gente não teve resultado né, a gente não viu as pessoa que fez maldade com ele não foi punido, não foi punido e a gente tá angustiado aqui né, por motivo que levou ele pra sempre aqui da gente né, deixou duas criança e a família tá sofrendo…” Disse.



A reportagem do PortalP1 conversou com exclusividade com o delegado Salomão Matos, responsável pelas investigações, os trabalhos iniciaram no dia do crime e após os investigadores ouvirem os indígenas, iniciaram duas linhas de investigações, com a primeira não obtendo indícios sobre os suspeitos, dando assim sequencia na segunda investigação que apontava para crime de competência de investigação da Polícia Federal (PF), sendo encaminhado o inquérito ao Ministério Público (MP) com a sugestão de ser colocado sobre competência da PF.

“Ainda em setembro de 2020 foi feito relatório sobre as investigações, foi acolhida a sugestão e declinada a competência para a justiça federal, de modo que acredito que o inquérito deve ter ido para a Polícia Federal para proceder com as investigações e apurar se procede essa segunda linha investigativa” disse.

 

Jornal Eletrônico PortalP1

VÍDEO:

PRIMEIRO VÍDEO: APÓS A PUBLICAÇÃO DESSE VÍDEO ABAIXO, NOSSA REDAÇÃO CONSEGUIU UM OUTRO QUE ESTÁ A CIMA.

ARI-URU-EU-WAU-WAU

 

Foto: PortalP1