Verão e conjuntivite: entenda por que os casos aumentam na estação mais quente do ano

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  • O oftalmologista Dr. Marcelo Espindola explica como evitar a infecção

 

Conforme as temperaturas sobem no auge do verão, observa-se também mais aglomerações em locais públicos, praias e piscinas, ambientes que favorecem infeções como a conjuntivite. Segundo o oftalmologista Dr. Marcelo Espindola, o uso excessivo de ar-condicionado, assim como o aumento da poluição e alérgenos no ar também contribuem para uma maior incidência dos casos.

“Antes de tudo é preciso entender que existem dois tipos de conjuntivite: as alérgicas, que não são transmissíveis e geralmente se desenvolvem em pacientes com quadros sistêmicos, como rinite, por exemplo; e as conjuntivites contagiosas, isso é, que estão diretamente relacionadas com os surtos reportados durante o calor”, diz Dr. Marcelo.

Segundo o especialista, os quadros duram aproximadamente dez dias e as principais manifestações incluem: olhos vermelhos; coceira; ardência; queimação; lacrimejamento; secreção (remela); e sensação de areia nos olhos.

“Inicialmente, a infecção afeta apenas um dos olhos, contudo, é comum que se espalhe para o outro globo ocular em crises de coceira ou na tentativa de limpar a secreção”.

Como se prevenir

No que diz respeito a conjuntivite contagiosa, Dr. Marcelo alerta que a transmissão quase sempre ocorre devido à má higienização das mãos e o compartilhamento de objetos pessoais que não deveriam ser emprestados, como travesseiros, toalhas de rosto e, especialmente, óculos de sol.

“Lembrando que o aparecimento dos sintomas pode levar alguns dias após a infecção, portanto, a falta de sinais da doença não deve ser vista como autorização para emprestar itens pessoais”.

Diante desse cenário, o oftalmologista orienta que ao aparecimento de quaisquer manifestações que possam indicar algum tipo de problema nos olhos, as pessoas procurem atendimento médico para que recebam um diagnóstico e tratamento adequados.

“O mais importante é nunca se automedicar ou tentar limpar o local com substâncias que sejam estranhas aos olhos, com exceção do soro fisiológico, que pode servir como medida de alívio imediata”.

Quem é Dr. Marcelo Espindola?

Formado pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora (Suprema), Dr. Marcelo Espindola realizou residência médica no Hospital CEMA e Instituto CEMA – SP, além de ser membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Espindola possui ainda especializações em Cirurgia de Catarata, Cirurgia Refrativa, Adaptação de Lentes de Contato e Ceratocone.
Fonte: Assessoria