
A 4ª edição da campanha Vacinação Sem Fronteira, promovida pelo governo de Rondônia, leva atendimento a comunidades brasileiras e bolivianas às margens do Rio Guaporé. A ação, que acontece de 1º a 10 de setembro, percorreu áreas de difícil acesso, com destaque para Pimenteiras do Oeste, município a 852 quilômetros de Porto Velho, percorrendo ainda, quase 100 quilômetros até a área de embarque na beira do Rio Guaporé.
Entre os atendimentos na área rural, foram incluídas 6 linhas vicinais e também a aldeia indígena Yakarerupa do povo Guarassugw E. Na região ribeirinha receberam ainda visita, a população da comunidade quilombola Laranjeiras, e no lado boliviano teve atendimentos em Bela Vista, Suzano, Remanso e Cafetal. Os 100 militares da Base Naval da Armada Boliviana também receberam vacinas. Só nos quatro primeiros dias de campanha, mais de 500 doses foram aplicadas na região de fronteira.
A equipe da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa/RO) destinada a Pimenteiras do Oeste é comandada pela enfermeira da 3ª Regional de Saúde de Vilhena, Erika Cristina Leiro.
“Nosso trabalho é apoiar a Secretaria Municipal de Saúde e fortalecer a imunização, especialmente contra o sarampo e outras doenças imunopreveníveis”, destacou.
SAÚDE SEM FRONTEIRAS
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a campanha é fundamental para proteger a população e também apoiar os povos vizinhos, garantindo saúde além das fronteiras e reforçando o alcance da ação.
O diretor-geral da Agevisa/RO, Gilvander Gregório de Lima, reforçou a importância da logística.
“Levamos insumos, vacinadores e toda a estrutura necessária para ampliar a cobertura vacinal em áreas remotas, não só de Pimenteiras. Estamos atuando em 13 municípios no total”, enfatizou.
DESAFIOS
Para superar barreiras culturais e linguísticas, o trabalho contou com o apoio do tradutor Francisco Serrath, da prefeitura de Pimenteiras do Oeste. Do lado boliviano, a médica Martha Murillo Veizaga, chefe do Centro de Saúde de Remanso, reconheceu o impacto positivo da ação.
“Esses atendimentos fortalecem o bloqueio sanitário e ampliam a cobertura vacinal no nosso país”, frisou.
ACESSO A VACINAS
A iniciativa permitiu que a população da fronteira do Brasil com a Bolívia tivesse acesso a vacinas indisponíveis no calendário do país vizinho, como HPV e hepatite B. Outras, como sarampo e meningite, que na Bolívia são aplicadas apenas em crianças, foram estendidas a públicos maiores, reforçando a integração entre os dois países.
Fonte
Texto: Andréia Fortini
Fotos: Ésio Mendes
Secom – Governo de Rondônia
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