Solidariedade de famílias rondonienses é reconhecida no mês da conscientização da Doação de Órgãos

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Foto: Divulgação

 

A família do Lucas Gabriel, um jovem de 35 anos, falecido em fevereiro, se reuniu quando foram comunicados do direito de doar os órgãos de Lucas: “Foi um momento que tivemos que esquecer da nossa própria dor e pensar no amor ao próximo, pois, apesar do falecimento dele, em seus órgãos ainda existia vida”, conta

emocionada Sissi Sanches, irmã de Lucas.

A campanha nacional “Setembro Verde” existe desde 2017, período que se destaca a importância de realizar o ato de solidariedade até no momento mais difícil, no momento da perda de um ente querido, nesse mês também é comemorado o Dia Nacional do Doador de Órgãos que é datado em 27 de setembro.

Durante os anos de 2017 a 2021, mais de 300 famílias disseram sim para a doação de órgãos, em Rondônia. Essa atitude oportunizou a realização de 440 transplantes de rins e córneas. Já em 2022, até o mês de setembro, 70 transplantes foram feitos, sendo o total de 510 vidas salvas por um gesto de amor e solidariedade.

Atualmente, no Brasil, não é mais necessário constar em documentos de identificação, campos de “doador de órgão”, basta em vida cada cidadão falar para seus familiares o desejo de contribuir com a vida de outras pessoas, com a doação de órgãos. 



Sissi conta que foi uma decisão difícil, por ser um momento de sofrimento, mas aconselha: “Independente da religião de cada um, o amor ao próximo deve sempre imperar sob nossos valores éticos e morais. Então se puder, doe vida. Seja doador de órgãos! Deixe registrado que você é um doador”.

As palavras de Sissi são reforçadas pela secretária de Estado da Saúde, Semayra Gomes, “Muitas famílias rondonienses decidiram doar em favor da vida, o que nos toca profundamente. Sabemos de pessoas que aguardam ansiosamente por um órgão e muitos conseguem, por meio da solidariedade dessas famílias, permanecerem vivos. Por isso, expressamos nossa gratidão”, conclui a secretária.

COMO SER UM DOADOR DE ÓRGÃOS

Existem duas possibilidades para que a doação seja efetivada, em vida para parentes de até 4° grau ou no óbito por morte encefálica. Qualquer cidadão pode se tornar apto à doação, e as condições ideais são avaliadas pela equipe de saúde. Para doação de córneas não há limite de idade, mas para rins a idade ideal é de até 75 anos, para o fígado 70, para sangue 69 anos, para peles 65, ossos e válvulas cardíacas e pulmão 55, para coração, medula óssea e pâncreas 50.