A Prefeitura de Jaru, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social- Semdes, trabalha constantemente para combater o abuso e a exploração de crianças e adolescentes.
Entre as várias medidas adotadas para este fim, está a implantação do “Serviço de Escuta Especializada”, uma ferramenta, criada através da Lei Federal nº 13.431-2017 e que integra o conjunto de ações para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes vítimas de violência.
O serviço conta com diversos profissionais capacitados, para atender de forma sigilosa e realizar o acolhimento de vítimas e testemunhas de crimes como abuso, violência e maus-tratos.
De acordo com a secretária da Semdes, Edileuza Sena, a principal finalidade do programa é proteger, e não de produzir provas e nem mesmo apontar agressor ou suspeito.
“É um ambiente acolhedor, onde levamos um pouco de conforto emocional e físico, até porque o nosso objetivo é proteger e transmitir confiança às vítimas que chegam bastante fragilizadas”, destacou.
Desde a implantação em agosto de 2020, a Escuta Especializada já registrou dezenas de atendimentos a crianças e adolescentes, com idades entre 4 e 18 anos e de ambos os sexos.
Entre os casos estão abuso com contato físico, produção de material pornográfico e maus-tratos praticados pela mãe. Em todas as situações, as vítimas sofreram violência psicológica e foram ameaçadas.
“O que mais assusta, é que o agressor ou abusador está na maioria dos casos, ou seja, 63,88% dentro de casa, os acusados são geralmente – padrasto, irmão, avô, tio, primo, vizinho, amigo da família. Apenas pouco mais de 6% desconhecidos”, lamentou Edileuza.
O adolescente e a criança que são submetidos ao sofrimento, trauma e maus-tratos têm a infância roubada, e o desenvolvimento comprometido, seja ele físico, comportamental ou intelectual.
As sequelas são inevitáveis, e vão desde transtornos, depressão, ansiedade, pânico e até mesmo desvio de conduta.
Mesmo que ainda tímidos, os frutos da Escuta Especializada já estão sendo colhidos, com 16 casos investigados, 3 suspeitos presos e um abusador condenado.
Em Jaru, o trabalho é realizado através da Rede de Proteção que conta com o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, Centro de Referência Especializado em Assistência Social, Conselho Tutelar, NUPS, Poder Judiciário, Ministério Público, Delegacia de Polícia e Defensoria Pública.
Assessoria
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