Dados do Conselho Tutelar do município apontam média semanal de cinco crianças vítimas de abuso na cidade.
No dia 18 de maio de 1973, a menina Araceli Cabresa Sanches, de 8 anos de idade foi sequestrada, drogada, espancada , estuprada e assassinada por membros de uma família tradicional de Vitória – SC. Os autores do crime brutal foram identificados como Paulo Heleal e Dante de Brito, que nunca foram condenados, embora fossem conhecidos por promoverem festas onde drogavam e violentavam meninas. O silêncio da sociedade que se recusou a colaborar com denúncias, garantiu a impunidade dos envolvidos.
Vinte e sete anos mais tarde nasceria a Lei Federal 9.970, instituindo a data como memorial sob o qual ações de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes deveriam ser desenvolvidas em todo território nacional.
COMBATE À VIOLÊNCIA EM ARIQUEMES
Em Ariquemes, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEMDES) deu início às atividades na manhã da última segunda-feira (13). Até a próxima sexta-feira serão feitas distribuições de materiais educativos no trânsito da região central da cidade e encontro com representantes das instituições religiosas do município, no auditório do Ministério Público. Além disso, a temática também será trabalhada em toda a rede escolar, municipal e estadual, e nos Centros de Convivência e fortalecimento de vínculos. De acordo com Alcilene Conroy, psicóloga do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), um levantamento realizado pelo Conselho Tutelar da cidade apurou que são registrados semanalmente pelo menos cinco casos de crianças abusadas sexualmente em Ariquemes. “Esse número representa no máximo 15% dos abusos sexuais cometidos contra crianças e adolescentes, segundo dados da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (ABRAPIA), uma vez que boa parte dos casos não chegam a ser denunciados. Por isso, o foco principal dessa campanha é tentar mostrar para a sociedade que toda criança merece um lar, família e amor, e a gente precisa combater essa triste realidade por meio da denúncia que pode ser feita pelo disk 100 ou através do Conselho Tutelar aqui do município.” Concluiu Conroy.
Fonte: Assessoria
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