Grupo é formado por famílias de Jacinópolis, distrito de Nova Mamoré. Em resposta, o Governo de Rondônia preferiu não se manisfestar sobre o assunto.
Várias famílias sem-terra de Jacinópolis, distrito de Nova Mamoré (RO), montaram acampamento em frente ao palácio do governo estadual em Porto Velho para reivindicarem a regularização de uma área de terra.
Edvando Eugênio dos Santos, de 34 anos, contou ao G1 nesta quarta-feira (21) que mora na terra desde 2012 e é um dos representantes das pessoas que estão acampadas na frente do Palácio Rio Madeira.
“A gente vem sofrendo uma perseguição da parte do estado. Lá é onde a gente constrói as nossas coisas, mas é cortado e queimado. Casos de abuso de autoridade acontecem frequentemente. A gente não estava sendo ouvido, por isso a gente veio pra cá”, explica.
Cícero Inácio da Silva de 54 anos, está em Jacinópolis há oito anos. O produtor rural destaca que o objetivo da manifestação pacífica é a regularização de terras.
” Ninguém pode trabalhar [na terra] porque o Ibama corta tudo que plantamos. O barraco, queima. A gente veio aqui pra tentar regular a situação dessas terra. Até agora não tive resposta”, diz.
Outro produtor rural, José de Jesus, afirma estar buscando por uma resposta do governo de Rondônia.
“A gente está na terra há 20 anos, produzindo, aí a Sedam e até o Ibama chegam lá marcando o terror. Eles alegam que lá é uma área ambiental”, conta.
O grupo, antes de ir para a frente do palácio do governo, ficou acampado por cerca de dez dias na frente da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO).
O que diz o outro lado
À reportagem, o Governo de Rondônia informou que “não vai se manifestar sobre o assunto”, e aguarda finalizações de reuniões para se posicionar.
A reportagem também entrou em contato com Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e com Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mas não teve uma resposta até a publicação.
Já o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), por telefone, disse desconhecer as reivindicações dos sem-terra acampados na frente do Palácio Rio Madeira.
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