O Sintero reuniu-se nesta terça-feira (06/07), com o Secretário de Estado da Educação, Suamy Vivecananda Lacerda Abreu, para tratar sobre o possível retorno das aulas prenseciais na Rede Pública Estadual. O sindicato reafirmou que seu posicionamento é contrário ao retorno presencial até que a categoria esteja devidamente imunizada e reivindicou a antecipação da segunda dose das vacinas como principal condição estabelecida pelos trabalhadores e trabalhadoras em educação para a volta às aulas.
Durante a reunião, Suamy Vivecananda comunicou que a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) recebeu documento dos órgãos de controle orientando que a volta às aulas presenciais inicie na primeira semana de agosto. A partir da recomendação, a Secretaria tomou providências para organizar e operalizar os detalhes do retorno, que deve ocorrer de forma híbrida. De acordo com o secretário, não há uma data definida até o momento, uma vez que os Municípios de Rondônia estão sendo consultados e devem opinar sobre tal decisão.
O Sintero manifesta preocupação diante do anúncio, visto que as taxas de transmissão do coronavírus permanecem em alta no Estado e o ambiente escolar tende a contribuir para um novo acréscimo dos percentuais já que trata-se de um local de grande circulação de pessoas. Destaca-se que Rondônia está entre os seis Estados que ainda têm menos de 10% de sua população imunizada com as duas doses ou dose única da vacina contra a Covid-19, de acordo com dados do site G1. O sindicato também faz uma alerta quanto ao ensino híbrido e os prejuízos que tendem a ser causados em razão desse modelo de ensino, já que os alunos frequentarão as escolas em dias alternados, respeitando a lotação da sala de aula de no máximo 25% e, portanto, não terão acompanhamento integral dos professores e professoras, como vem sendo feito através da aulas remotas. Ou seja, através das aulas remotas são ofertados conteúdos pedagógicos todos os dias, com assistência e orientação dos docentes de forma íntegra. Com o ensino híbrido, o acompanhamento desses alunos será reduzido em 50%.
Na oportunidade, o sindicato ressaltou ainda que fará intervenção jurídica em favor dos trabalhadores/as em educação caso seja necessário, pois teme que as novas atribuições que agora devam incluir o atendimento presencial, remoto e a organização e entrega de materiais impressos, extrapolem a carga horária da categoria gerando mais sobrecarga de trabalho.
Para o Sintero, além da completa imunização, é indispensável que sejam ofertados os materiais de proteção individual e os protolocos sanitários nas instituições de ensino sejam implantados de forma rígida.
O Sintero encaminhou ofícios aos órgãos de controle, fazendo todas essas argumentações e pedindo o adiamento do retorno presencial até outubro, quando grande parte da categoria receberá a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Caso não seja atendido, o sindicato solicita que a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) autorize a antencipação da vacinação da categoria como forma de minimizar os risco de contaminação da comunidade escolar.
“Queremos ressaltar que não somos contrários ao retorno das aulas presenciais, desde que seja feito de forma segura e isto só será possível com a completa imunização de todos e todas. Não podemos correr esse risco, pois estamos tratando de milhares de vidas”, disse a presidenta do Sintero, Lionilda Simão.
Fonte: SINTERO
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