
Aline Pereira Ghammachi, natural de Macapá (AP), foi alvo de investigação interna após denúncias anônimas de maus-tratos e desvio de recursos. Em entrevista ao g1, ela negou as acusações.
A freira brasileira Aline Pereira Ghammachi, de 41 anos, nasceu e morou no Amapá até concluir a graduação em administração, em 2005. De uma família católica, desde criança frequentou missas na igreja Jesus de Nazaré, na região central de Macapá.
Na adolescência, Aline e a família conheceram o Santuário Nacional de Aparecida do Norte, no interior de São Paulo. Segundo a mãe, Lúcia Tereza Ghammachi, foi no santuário que a filha sentiu o chamado para vocação de freira.
“Ela ia para a missa e se comportava bem direitinho. E quando terminava a missa, ela corria com o padre e pedia o biscoitinho do papai do céu, que era hóstia. Quando ela tinha 15 anos nós fomos para um encontro em São Paulo, e lá em Aparecida do Norte ela sentiu o chamado”, disse a mãe.
Apesar da convicção da filha, a mãe disse que não era o momento, já que Aline era muito nova. Descreveu ainda que desde então a filha passou a dividir o tempo entre o estudo e a igreja.
“E eu vi um brilho no olhar dela. Uma coisa que eu nunca tinha visto. Então, com essa situação que aconteceu agora, pra mim e pra família, foi muito difícil”, descreveu a mãe.
Segundo a família, durante a auditoria feita pela igreja no mosteiro, a filha precisou ficar em confinamento. O contato com os parentes só foi possível quando irmã Aline saiu para uma consulta médica.
A ex-madre-abadessa estava no cargo desde 2018, quando tinha 34 anos. A remoção da função ocorreu após uma denúncia anônima de maus-tratos e desvio de recursos destinados à manutenção do local.
A freira informou que acredita estar sofrendo perseguição e que recorreu da decisão de afastamento ao Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, a mais alta autoridade judicial da Igreja Católica.

Saiba mais no g1/amapá
Deixe seu comentário