Rondônia sediou o 1º Fórum Nacional do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti) e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). O Fórum, que iniciou ontem, 22 de setembro e se estende até esta sexta-feira, 23 de setembro, reúne presidentes e representantes de 18 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), secretários estaduais de CT&I, representantes do MCTI e de entidades e agências federais de fomento à CT&I.
O evento foi um sucesso nos dois dias, com a participação de 163 convidados, e foi realizado no Hotel Golden Plaza em Porto Velho, capital de Rondônia, onde foi debatido o universo da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil com foco na Amazônia. De norte a sul, de leste a oeste estavam presentes no Fórum.
Em uma ação concentrada, a FAPERO, o MCTI, a SEDEC/RO mobilizou parte significativa de sua estrutura para o evento, sendo representado pelo titular das pastas, além do presidente da Financiadora de Estudos e Pesquisas (FINEP), o diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), o diretor da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), o diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), e a diretora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), todas entidades vinculadas ao MCTI. A abertura do evento ocorreu na quinta-feira, 22 de setembro com as boas vindas do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Rondônia (Fapero), Prof. Paulo Haddad que ressaltou a importância do evento para o universo científico, acadêmico e da pesquisa na Amazônia e a representatividade para Rondônia em sediar (inédito) o Fórum Nacional.
Em seguida, o Sr. Avenilson Trindade, secretário de Desenvolvimento Econômico de Rondônia, que representou o Governador de Rondônia, Cel. Marcos Rocha.
Os senhores Rafael Pontes Lima, Antônio Dellagostin, Gen. Waldemar Barros Neto, respectivamente, falaram em nomes das seguintes instituições: Consecti, Confap e Finep. Em seguida, a senhora Maria Zaira Turchi falou em nome do Cnpq.
Por fim, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Sr. Paulo Alvim, representando o Governo Federal e titular da pasta ministerial, destacou a importância do evento para desenvolvimento científico, tecnológico e da pesquisa na Amazônia Brasileira. Tanto justificou a mobilização observando que é a primeira vez que os fóruns são realizados na capital rondoniense, configurando uma oportunidade de conversar com os atores de ciência, tecnologia e inovações da região, e assegurou que a Amazônia é uma prioridade para a pasta. Para isso, os representantes do ministério e suas vinculadas fizeram apresentações sobre suas estruturas, organização e atuação.
O secretário de Estruturas Financeiras e de Projetos do MCTI destaca a plataforma InvestMCTI, destinada a diversificar os investimentos em ciência e tecnologia e facilitar o financiamento de projetos com maior nível de maturidade tecnológica. Ele também apresentou o portfólio de projetos “verdes” do ministério e outras iniciativas.
Já o secretário de Pesquisa e Formação Científica apresentou os diversos temas que são tratados pela secretaria, como ciências humanas e sociais, saúde, bioeconomia, biodiversidade, clima, infraestruturas de pesquisa, oceanos e antártica, dando destaque aos projetos relacionados à Amazônia, como o programa de laboratórios satélites (SALAS), a Torre ATTO, monitoramento da biodiversidade e o programa AmazonFACE.
Por sua vez, o secretário de Empreendedorismo e Inovação falou sobre as ações da secretaria, que entre outras envolvem o fomento ao desenvolvimento de tecnologias em áreas como aeronáutica, espacial, energia, energias renováveis, mineração, materiais avançados, nanotecnologia e tecnologias para a saúde. Ele destacou também as atividades na área de transformação digital e no fomento aos ambientes inovadores.
O secretário de Articulação e Promoção da Ciência substituto mostrou os projetos desenvolvidos pela área, como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que tem alcance anual crescente e impacto nacional, o apoio e realização de olimpíadas científicas e diversas atividades de divulgação científica e incentivo aos jovens para as carreiras na ciência.
A primeira parte do evento contou, ainda, com a apresentação dos diretores do CGEE, FINEP e INPA, e da iniciativa Amazônia+10, encabeçada pela Fapesp e outras 19 fundações de amparo à pesquisa. A iniciativa, que já conta com R$ 100 milhões da Fapesp para os próximos cinco anos, apoiará projetos de pesquisa em colaboração voltados à conservação da biodiversidade e adaptação às mudanças.
Nesta edição, participam até agora, pelo menos 18 FAPs e outros órgãos de fomento, totalizando um investimento de mais de R$ 50 milhões. As propostas devem ter a participação de pesquisadores responsáveis de pelo menos três Estados das FAPs que aderiram à chamada, um deles sendo obrigatoriamente vinculado a ICTs sediadas nos Estados da região amazônica. Os projetos deverão ter duração de 36 meses e deverão propor soluções voltadas para a comunidade e produzidas junto à população local.
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