O pecuarista de Rondônia não precisa mais vacinar contra a febre aftosa, uma conquista autorizada pelo Ministério da Agricultura que abre as portas para o estado conseguir o status de livre de febre aftosa sem vacinação, este reconhecimento pode vir já no ano que vem (2021), durante a reunião da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), se todos os requisitos exigidos forem cumpridos pela Agencia de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) e pelos produtores, que mesmo não vacinando precisam declarar seus rebanhos até o final do mês de maio, informou o presidente da Idaron Júlio Peres.
A declaração do rebanho segue o mesmo padrão que era feito quando ainda se fazia a vacinação, o produtor declara a quantidade de animais bovinos, bubalinos e outros como caprinos, ovinos suínos. A retirada da vacina foi apenas o primeiro passo, mas para confirmar esta conquista, a agencia Idaron precisa manter a vigilância e os produtores os cuidados de manejo do rebanho, como manter atualizados o calendário de outras vacinas e o cadastro da propriedade junto à Idaron, para isto podem contar com o auxílio do serviço de assistência técnica da Emater-RO e outras entidades do agronegócio.
Rondônia faz parte do primeiro grupo de estados autorizados a retirar a vacina de aftosa. Estão juntos com Rondônia, o estado do Acre e parte dos estados do Amazonas e Mato Grosso. Santa Catarina já era zona livre sem vacinação e o estado do Paraná foi autorizado a retirar a vacina desde o ano passado.
Algumas pessoas ainda questionam sobre qual a vantagem de ser livre de aftosa sem vacinação? E a resposta é, que são muitas as vantagens, pois além de eliminar o custo direto da compra da vacina, e o trabalhão de manejar o gado para vacinar, haverão ganhos na relação com os importadores, o que também ajuda a estabilizar e até melhorar os preços pagos ao produtor pela arroba do boi.
Na verdade, a maior vantagem do status de livre sem vacinação está na relação com o mercado, porque os países compradores que pagam os melhores preços não querem comprar carne de lugares que ainda vacinam os animais contra aftosa, um bom exemplo disso são os Estados Unidos e União Europeia, mercados dispostos a pagar mais para quem oferece maior qualidade. Além disso, quando se deixa de vacinar, evita-se perdas devido a abcessos causados pela vacinação e outros riscos decorrentes do manejo dos animais.
Fonte
Texto: Enoque de Oliveira
Fotos: Ésio Mendes e Irene Mendes
Secom – Governo de Rondônia
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