São quase 4 mil associados produzindo milhares de litros de leite por dia. O baixo preço do produto impulsiona criação de cooperativa na região.
O Vale do Rio Jaru, tido como bacia leiteira no Vale do Jamari, que compreende os municípios de Jaru, Ariquemes, Machadinho do Oeste, Buritis, Campo Novo de Rondônia, Monte Negro, Cujubim, Vale do Anari, Theobroma, Governador Jorge Teixeira e Alto Paraíso, vive uma crise no setor, com precedentes recentes, pois, as indústrias de laticínios, mesmo subsidiadas pelos governos federal e estadual, não valorizam o produto, mas segue no inverso, sempre baixando preços e sob suspeita de carteis.
Explorado ao máximo e sem ter alternativas que possam melhorar para o setor leiteiro no estado, a cadeia produtiva tem buscado apoio na Assembleia Legislativa, com parlamentares que tem buscado pressionar os laticínios em todo o estado, mas não há reflexos de melhoras.
Numa conversa aberta e muito franca com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jaru – STR-Jaru, João Matias Vieira nesta segunda-feira, dia 11 de maio, foi possível apurar que os quase 4 mil associados da entidade, estaria pensando em organizar uma cooperativa, que receberia toda a produção de leite in natura e produziria vários derivados do produto.
Matias não quis confirmar, mas não negou que estudos e levantamentos, além de projetos no papel, com custos e absolutamente tudo o que é necessário para criar e estruturar uma cooperativa, suficiente para atender todos os municípios do Vale do Rio Jaru, poderá operar até o ano que vem.
O presidente também não quis revelar a quantidade de leite in natura entregue aos laticínios da região pelos quase 4 mil associados. Ele também deu a entender que é quantidade suficiente para manter a cooperativa competitiva no mercado.
A saga de sofrimento, desvalorização e falta de investimentos por parte dos subsidiados laticínios e dos governos federal e estadual, tem desmotivado os produtores e possivelmente, não sendo a cooperativa uma realidade, muitos estão pensando em mudar de ramo, sendo em grande maioria para a pecuária de corte, mais rentável e menos trabalhosa, além de extremamente mais valorizada.
Jornal Eletrônico PortalP1
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