Ouça os últimos áudios enviados pela moradora do Vale do Paraíso Lenilda que faleceu na travessia entre México e Estados Unidos

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Família de moradora de Vale do Paraíso que morreu durante travessia para os Estados Unidos pede ajuda para trazer o corpo para o Brasil

Enfermeira Lenilda Pereira Oliveira, de 49 anos, moradora de Vale do Paraíso (RO) foto tirada no momento que estava indo para a travessia

 

Após a confirmação da morte da enfermeira Lenilda Pereira Oliveira, de 49 anos, moradora de Vale do Paraíso (RO), município que faz limite com Jaru pelo distrito de Bom Jesus, a família da brasileira resolveu fazer uma vaquinha para trazer o corpo para o Brasil e, com isso, realizar o sepultamento.

O Portal P1 teve acesso aos áudios que Lenilda enviou aos seus familiares durante o processo de travessia para os Estados Unidos que acabou não se concretizando conforme planejado, onde é possível constatar o drama vivido por ela em território mexicano. Em uma análise prévia, é possível perceber a preocupação da enfermeira que – infelizmente – não conseguiu atingir o seu objetivo de entrar no espaço norte-americano.

Dona Irene, mãe de Lenilda Oliveira, relatou ao Portal P1 como foi os últimos momentos de vida da filha durante a tentativa de entrar – ilegalmente – nos Estados Unidos. Segundo relata a mãe, Lenilda atuava na área de enfermagem no município de Vale do Paraíso, mas também já havia desempenhado as suas funções profissionais em hospitais particulares da região, onde, inclusive alguns deles atendiam a convênios de planos de saúde.

“Lenilda era uma pessoa batalhadora e sonhadora. Por isso tentou ir para os Estados Unidos com objetivo de ganhar um pouco melhor”, diz a mãe, relatando ainda que ambas possuíam uma grande ligação.

 

O Portal P1 apurou que, esta teria sido a segunda tentativa da brasileira de entrar nos Estados Unidos pelo mesmo caminho. Na primeira vez, Lenilda ficou cerca de 90 dias no México, foi deportada e tempos depois decidiu ir novamente com um grupo de amigos em uma viagem de altos e baixos. No terceiro dia, devido estar muito fraca, Lenilda não conseguiu seguir viagem com o grupo e ficou parada durante algum tempo em um local onde os seus amigos tinham conhecimento. Porém, por motivos ainda desconhecidos, acabou se deslocando. Após muitas buscas, o corpo foi encontrado e a brasileira possivelmente tenha morrido devido a um grande espaço de tempo sem comer ou ingerir líquidos na difícil fronteira entre México e Estados Unidos.



O drama da família de Lenilda Pereira Oliveira se intensificou às 15h25 do dia 07 de setembro, quando a mesma estava com três amigos e mais um coiote mexicano na caminhada que a levaria até aos Estados Unidos. Minutos depois, a brasileira apenas visualizava as mensagens enviadas e às 17h08, enviou a localização de onde estaria. Uma semana depois, às 16h16 da quarta-feira (15), o corpo foi encontrado em uma região de deserto na cidade de Deming, no estado americano de Novo México
A família da brasileira disponibilizou dois números de Pix para quem quiser doar qualquer valor que será muito importante no translado do corpo da moradora de Vale do Paraíso, município vizinho de Jaru. Os números são: 043.870.0820-10 (João Victor de Souza de Assis) e 005.773.902-10, em nome de Luanna Stefane Oliveira dos Santos. Ambos foram cadastrados no PIX como CPF.
Outra forma de doar é através do link: VAQUINHA ON LINE

 

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