Dizem as conversas em grupos de WhatsApp, que o pastor mexeu com gente “grande” dentro do campo eclesiástico. “Se não podar agora, vai voar alto”, teria dito um membro da diretoria.
Uma crise sem tamanho se instaurou na Igreja Evangélica Assembleia de Deus Cacoal – IEAD Cacoal – nesta semana, após um áudio em que o agora ex-presidente da instituição, pastor Sérgio Pereira, ter denunciado estar sendo vítima de um complô, que o tirou da frente da igreja.
Indignado, o pastor fez revelações citando o nome de integrantes da CEMADERON, convenção que dirige a igreja em Rondônia e que é presidida pelo pastor Nelson Luchtenberg.
Sérgio Pereira deu a entender num discurso que fez no último culto que dirigiu, que a CEMADERON o teria tratado de maneira inadequada e que mesmo tentando mostrar que estaria agindo corretamente, teria recebido uma comissão de pastores que fez a comunicação do seu desligamento a frente da igreja.
A boca miúda, foi revelado que Sérgio Pereira não teria conquistado a membresia e que devido a forma enérgica demais, com a qual assumiu e conduzia a igreja em Cacoal, estaria sofrendo muita rejeição da maior parte dos membros, o que refletiu diretamente na rotina da igreja.
A fala do pastor foi gravada por alguém que participou do culto e o áudio circula em vários grupos de WhatsApp na região. Sérgio denuncia o que chama de complô e vai mais longe.
Chamando de tramoia a forma como foi arquitetada a sua saída, o pastor intitula de “pilantras”, aqueles que segundo ele, pediram sua cabeça ao pastor Nelson Luchtenberg, com quem demonstrou estar muito decepcionado.
Acompanhe o áudio na íntegra, abaixo:
Se quiser ler, o Portal P1 ouviu e transcreveu todo o texto
“Com frases isoladas, tentando desconstruir as minhas mensagens, os meus ensinos, a minha liderança e o meu trabalho. Alguns desses pilantras, que nunca congregam, estão aqui esta noite. Alegrem-se, vocês finalmente conseguiram.
Vocês realmente demonstraram serem os donos da igreja. Na sexta-feira, com muita paz no coração, acreditando estarmos num perfeito ambiente de tranquilidade, fui chamado por uma comissão formada pelos pastores Ary Paulo da Silva, Jormicezar Fernandes da Rocha e Nilson Luchtenberg Filho, para dar a mim a notícia de que eu estava sendo destituído imediatamente da presidência da igreja, dando-me o prazo de 24 horas para lhes comunicar essa decisão.
Não me apresentaram os motivos, não disseram o porquê, não me deram o direito garantido nas escrituras e no Estatuto da Convenção Estadual e da Convenção Geral, de que qualquer acusação contra o ministro, deve ser provido de testemunhas e de direito à ampla defesa.
A diretoria dessa igreja não foi consultada, o ministério local não foi chamado para apurar a veracidade de acusações que não entendemos quais sejam, mas fui destituído.
Fui a Porto Velho, uma noite não dormida, fui muito mal recebido por alguém que um dia chamei de pai e informado, mais uma vez, de que estou destituído da presidência da igreja.
Que Deus abençoe vocês irmãos, continuo servindo a Deus, continuo pregando o evangelho. Nos próximos dias, decidiremos para onde iremos, sem saber ao certo o que vamos fazer da nossa vida, mas na certeza de que Deus cuidará de todas as coisas.
Recebam o novo pastor da igreja, acredito ele não fazer parte desta tramoia. E, por favor, não me profetizem, dizendo que Deus está nisso. Não venham me profetizar, dizendo que foi Deus que fez e que… não, por favor, respeitem a minha sabedoria, respeitem a minha vida com Deus e a minha espiritualidade.
No mais, continuo marido de uma só mulher, crente, pastor e pregador do Evangelho, não por vontade de homem ou de convenção, mas por vontade de Deus. Um Feliz Natal a todos e que Deus nos abençoe.”
Portal P1
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