Novo júri para acusado de matar a esposa na frente do filho dela; réu já tinha sido condenando a 18 anos

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O crime acontece em maio de 2017, no interior de Theobroma.

Julgamento foi anulado e agora o MP conseguiu anular a sentença.

Imagem/Divulgação

 

O homem acusado de matar a servidora pública Juliane Ferreira, que trabalhava no hospital municipal em Jaru (RO), em maio de 2017, é Eduardo Cordeiro dos Santos, que já passou pelo júri popular em 2018, e foi condenado a 18 anos e quatro meses de prisão.

Acontece que o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) recorreu da sentença, alegando que a decisão do Conselho de Sentença foi contrária às provas dos autos e quer que o agravante ‘motivo fútil’ que poderá aumentar a pena para até 25 anos, seja incluído.

O crime que tirou a vida de Juliane Ferreira, que era servidora pública aconteceu em maio de 2017, no município de Theobroma (RO), a cerca de 320 quilômetros de Porto Velho.

Conforme relatos das autoridades, o casal discutiu por causa de uma ‘possível traição’, momento em que Eduardo escondeu uma arma nas roupas e teria, na frente de um dos filhos da vítima, atirado na cabeça dela, mais de uma vez. Em seguida, pegou o corpo numa motocicleta, isto no dia 12 de maio de 2017 e, levado para a fundiária do sitio, aonde escondeu num carreador.

Familiares informaram para a imprensa no município, que no primeiro julgamento, em 9 de maio de 2018, Eduardo era acusado pelo crime de feminicídio, em razão da violência doméstica ou familiar por motivo fútil.



A família alega que a defesa da vítima não teve oportunidade de esmiuçar e mostrar todas as provas contra o acusado. A filha da vítima, que é advogada, acompanhou a acusação como assistente e lutou para anular o julgamento, usando como um dos argumentos, a existência da causa de aumento da pena pelo réu assassinar a esposa na frente do filho dela e pela ocultação do cadáver, que não foi analisada anteriormente.

Naquela oportunidade, após mais de 12 horas de julgamento, o júri o condenou a 19 anos de prisão em regime fechado, mas sem agravante da ocultação do cadáver e o motivo fútil, que poderiam incorrer em pena de até 25 anos.

 

Novo Julgamento

O Jornal Eletrônico PortalP1 apurou que foram 15 horas de julgamento, nesta oportunidade. A exaustão foi tanta, que o promotor precisou ser hospitalizado, de acordo com o Fórum.
A filha da vítima, que é advogada e já havia atuado no primeiro julgamento, atuou novamente. O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Condim), também acompanhou do auditório o julgamento que levou o réu Eduardo Cordeiro dos Santos, ser condenado a 21 anos e três meses de cadeia. No julgamento anterior Eduardo tinha sido condenado a 18 anos e quatro meses.

 

 

Jornal Eletrônico PortalP1

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