Nova União – Operação da PF prende grupo que invadiu e desmatou assentamento em RO

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Ação é realizada nesta sexta-feira (20) em Nova União. Mais de 10 mandados foram cumpridos, diz PF.

Mais de 50 policiais participaram da Operação Primula — Foto: PF/Divulgação

 

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta sexta-feira (20) para desarticular um grupo criminoso que invadiu, desmatou e loteou áreas do assentamento Margarida Alves, em Nova União (RO). A ação, chamada de Primula, tem a participação de 50 policiais.

Segundo a PF, os agentes cumpriram dois mandados de prisão preventiva, 11 de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa da prisão. Esta última consiste na proibição em manter contato entre os investigados. Todos os mandados são da 1ª Vara Federal da Justiça Federal de Ji-Paraná (RO).

O inquérito contra o grupo foi aberto no ano passado, com intuito de apurar a existência de grupo criminoso que invade, loteia e desmata a área pertencente à União, dentro do “Projeto de Assentamento Margarida Alves”.

A PF afirma que, desde o início das investigações, foram realizados vários flagrantes de extração ilícita de madeira no assentamento, o que gerou vários inquéritos policiais. Na maioria dos casos, a investigação apontou que a madeira extraída era transportada e comercializada diretamente por pessoas ligadas à organização.



Ao longo dos últimos meses, a PF verificou que a degradação ambiental avançou na área do assentamento e entorno dos acampamentos montados pelos invasores. Os inquéritos também apontam que o objetivo do grupo criminoso era desmatar e extrair grande quantidade de madeira para lucrar com essa atividade.

Além dos crimes ambientais, os líderes do grupo utilizavam uma cooperativa para fazer o cadastramento das famílias, demarcação de lotes e recolhimento dos valores das vendas ilegais dos lotes, fomentando a manutenção dos invasores no local.

Os investigados presos, após cumprimento dos mandados, serão encaminhados ao Presídio Central da cidade de Ji-Paraná, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

Por G1 Ji-Paraná e Região Central