Nota técnica da Agevisa relata alterações em intervalos de doses entre vacinas e chama atenção para consolidação do esquema vacinal

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A Agencia Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) emitiu a Nota Técnica Nº 5 com orientações relativas à continuidade da Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19. O documento é destinado aos responsáveis pela gestão da operacionalização e monitoramento da vacinação, e tem como finalidade instruir as instâncias gestoras para garantir eficiência no trabalho de imunização.

 

Em nota, os profissionais da Agevisa reconhecem que a vacinação, para ser totalmente eficaz, a população deve aderir aos esquemas vacinais específicos e reforços diferenciados para garantir proteção contra as formas graves da doença e prevenir óbitos.

 

“É importante saber que há uma demora de alguns dias para o organismo responder ao imunizante. Assim, nos primeiros dias após a vacinação, pode ocorrer tanto a manifestação de uma infecção que pode ter ocorrido alguns dias antes, como também é possível se infectar e transmitir a doença antes que comece a produção de anticorpos. Por isso é fundamental manter as medidas de prevenção e higiene” – assinalam no documento o coordenador estadual de imunizações, Ivo da Silva Barbosa, e a gerente da vigilância epidemiológica, Maria Arlete Da Gama Baldez.

 

O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregorio de Lima, disse que desde o início da Campanha de Imunização contra a Covid-19 a estratégia do Governo de Rondônia foi possibilitar condições adequadas de armazenamento e acelerar a descentralização das vacinas para que cheguem aos municípios no menor espaço de tempo, e assim população seja atendida com rapidez.

 

A Agevisa por meio da Coordenação Estadual de Imunizações recebe os imunizantes contra a covid-19 e realiza a distribuição destas doses, aplicando o coeficiente de representatividade proporcional na população estimada em cada município. “Desenvolvemos as estratégias, visando evitar o perecimento de vacinas e o fortalecimento da vacinação no Estado, promovendo resposta rápida, qualificada e efetiva ao serviço de enfrentamento”, destaca o diretor.



 

Mas, em nota a Agência chama atenção para a vacinação de crianças com a faixa etária prevista no do plano de operacionalização, e para a consolidação do esquema vacinal dos adultos, mesmo com o trabalho da Rede de Frio no controle e manutenção de estoque para evitar a escassez e/ou excesso de imunizantes e para administração simultânea com outros imunobiológicos.

 

A equipe da Agevisa destaca ainda, em nota, a eficácia das quatros vacinas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso no Brasil: CoronaVac, vacina do Butantan produzida em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, e os imunizantes das empresas AstraZeneca, Pfizer e Janssen, e traz referências recomendadas para a utilização quanto às comorbidades e intervalo de doses.

 

ESQUEMA VACINAL

 

A medida que a campanha de vacinação contra a covid-19 foi ampliada para diferentes faixas etárias, mudanças nas estratégias e esquemas vacinais foram necessários a fim de obtenção de resultados de efetividade contra a doença incluindo as populações especiais. O Estado de Rondônia considerando notas técnicas do Ministério da Saúde, e a pactuação da Comissão Intergestores Bipartite – CIB/RO, visando evitar erros de imunização, optou por adotar a administração dos esquemas vacinais a exposto no gráfico abaixo:

 

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS

 

A aplicação das doses de vacinas deve ser realizada em todos os serviços de vacinação da rede pública de saúde, independente do estado ou município em que as doses anteriores foram realizadas, garantindo assim o esquema vacinal de toda a população brasileira.

 

A equipe de profissionais da Agevisa finaliza a nota destacando a preocupação com o cenário que apresenta aumento de casos e óbitos, relacionados principalmente aos indivíduos que não aderiram os esquemas específicos e reforços diferenciados para garantir proteção contra as formas graves da doença e prevenir óbitos.

 

Os técnicos afirmam que estudos demonstram que a imunogenicidade de doses de reforço homólogos ou heterólogos com diversas vacinas contra a Covid-19 foi adequada e superior a esquemas sem doses de reforço, independentemente de qual vacina foi recebida no esquema primário, e considera que o reforço ao esquema primário de vacinação se tornou necessário para a população em geral acima de 18 anos de idade no Brasil.