Mulher morta com golpe de facão já tinha pedido medida protetiva contra o marido em Ariquemes, RO

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Segundo delegado, suspeito tinha histórico de violência doméstica. Silvio Miguel Sott morreu tentando fugir da polícia, logo depois de matar a esposa, Gilza.

 

 

A cabeleireira Gilza Maria de Souza, morta pelo marido no último fim de semana em Ariquemes (RO), já tinha pedido medida protetiva contra o suspeito, Silvio Miguel Sott. Segundo a Polícia Militar (PM), a vítima tinha denunciado que sofria agressões logo nos primeiros meses do relacionamento.

 

Gilza tinha 54 anos e foi encontrada sem vida em cima da própria cama, com um grande corte no lado esquerdo do pescoço, no Setor 2 de Ariquemes, no último sábado (10). Ao lado do corpo dela havia um facão ensanguentado.

 

A vítima e o suspeito, Silvio Miguel Sott, estavam casados oficialmente há menos de um ano. Logo nos primeiros meses de relacionamento ela começou a sofrer agressões.

 

Em março deste ano, segundo apurou o g1, Gilza registrou uma ocorrência por violência doméstica. Na ocasião, ela contou para a polícia que foi agredida com tapas no rosto e teve o telefone destruído pelo marido.

 

Um mês depois, a vítima solicitou uma medida protetiva contra Silvio e ele passou a ser monitorada por policiais. O suspeito estava proibido de se aproximar. Porém, pouco mais de 10 dias depois, eles reataram o relacionamento e ela pediu a revogação da ordem judicial.

 

Segundo o delegado Ícaro Alex, relatos de amigos e familiares deixaram claro que o relacionamento de Silvio e Gilza era conturbado.



 

“Ele tinha uma personalidade muito agressiva. Tanto que no casamento anterior, a esposa dele precisou fugir do estado. Ela [a ex esposa] também registrou ocorrência por violência doméstica e os relatos é que foram 35 anos de agressões físicas e psicológicas”, contou.

 

Fuga terminou em morte

Silvio foi flagrado pelos policiais fugindo da residência onde matou a esposa em Ariquemes. Durante perseguição na RO-257, ele perdeu o controle do carro que dirigia, bateu o veículo na cabeceira de uma ponte e morreu depois de despencar do barranco.

 

Por Jaíne Quele Cruz e Franciele do Vale, g1 RO e Rede Amazônica