Mulher fica desacordada ao ser agredida com capacete pelo marido em Vale do Anari, RO

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A Polícia Militar em Vale do Anari registrou na madrugada do primeiro dia de 2022, por volta das 02h52, mais uma ocorrência envolvendo uma dramática realidade de muitos lares, onde mulheres são agredidas pelos maridos que deveriam proteger o lar.
Conforme apurado pelo Portal P1, a guarnição foi acionada pela vítima através do serviço de emergência a comparecer no local informado. Ao chegar ao lugar, a polícia foi informada que a mulher tinha sido agredida pelo seu companheiro por volta das 01h30 da madrugada, quando a mesma estava na casa de uma terceira pessoa, momento em que o suspeito chegou ao local e teria começado a discussão agredindo-a com capacete e deixando a vítima desacordada.

O Boletim de Ocorrência prossegue narrando que a mulher chegou a ser levada ao hospital de Vale do Anari, porém acordou antes de ser atendida e retornou para casa. Porém, o acusado de ter lhe agredido apareceu logo em seguida e começou a agredi-la com socos e pontapés, lesionando a sua mão direita e o rosto e tomado rumo ignorado após cometer tais atos de agressividade.
Em seguida, a mulher foi encaminhada novamente ao hospital para fazer o exame Corpo de Delito para constatar o crime. A vítima foi orientada a realizar uma representação contra o agente e solicitar uma medida protetiva em desfavor do mesmo, já que, conforme constatado, havia outras ocorrências policiais pelo mesmo motivo.



Através de uma simples análise do histórico de violência do suspeito é possível constatar que o agressor já utilizou de vários recursos contra a própria esposa, tais como ameaça verbal (xingamento) para ameaçar a vítima e seus familiares, além de praticar agressões físicas (socos, chutes e empurrões).

O comportamento possessivo é outro recurso bastante frequente, onde expressões do tipo “se não for minha, não será de mais ninguém” faz parte da triste realidade do lar onde a mulher vive há muitos anos com o suspeito. Com o tempo, as ameaças têm sido cada vez mais graves e frequentes.

Ao se analisar o comportamento individual e social do agressor foi verificado que o mesmo faz uso abusivo de algumas substâncias [Álcool, Drogas]. Analisando circunstancialmente o comportamento da vítima, verificou-se que a mesma tentou e/ou separou-se recentemente do agressor. Além disso, a vítima se considera dependente financeiramente do agressor e com isso não quer ou não aceita abrigamento temporário fornecido por órgão público específico.

Entretanto, o agressor não muda o seu comportamento agressivo e a mulher continua sofrendo em um relacionamento que pode ser classificado como abusivo. Em casos semelhantes, órgãos públicos de defesa da mulher, mesmo, supostamente contra a vontade da vítima, devem intervir para evitar que o pior aconteça. Mas, por enquanto, a vítima continua fazendo parte de uma triste estatística brasileira: a cada minuto, em média, oito mulheres são agredidas no Brasil, de acordo com um levantamento publicado pela Rede Brasil Atual.

Confira mais detalhes na reportagem publicada