Mourão: empresários pedem definição de metas para a Amazônia

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Vice-presidente se reuniu com líderes empresariais nesta sexta-feira

O vice-presidente da república, General Hamilton Mourão, durante entrevista coletiva à imprensa no Palácio do Planalto – Foto: Alan Santos/PR

 

O vice-presidente Hamilton Mourão se reuniu com representantes empresariais brasileiros nesta sexta-feira (10), no Palácio do Planalto, para debater medidas de combate ao desmatamento na Amazônia. É o segundo dia consecutivo em que Mourão, que preside o Conselho da Amazônia, se reúne com empresários para tratar do assunto. Ontem (9), ele participou de uma videoconferêcia com investidores estrangeiros.

 

“Todos eles colocam a questão de que a gente tem que ter uma meta, reduzir o desmatamento ao mínimo aceitável, e as pessoas entenderem que não podem desmatar”, afirmou Mourão, após reunião desta sexta.

 

Segundo agenda oficial, Mourão esteve com Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), colegiado que reúne 60 dos maiores grupos empresariais do país, com faturamento equivalente a cerca de 45% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no Brasil) e responsáveis por mais de 1 milhão de empregos diretos. Também participaram da reunião Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e Paulo Hartung, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participou por meio de videoconferência.



 

Os dois encontros de Mourão com investidores foram motivados por uma carta que o governo federal recebeu, em junho, de empresas brasileiras e estrangeiras em que elas manifestam preocupações relacionadas ao desmatamento e pedem a defesa de uma agenda do desenvolvimento sustentável. De acordo com o vice-presidente, o Conselho da Amazônia está desenvolvendo um plano de trabalho que possa apontar metas precisas de redução do desflorestamento na região.

 

“Eu prefiro que a gente consiga terminar o nosso planejamento e eu dizer que daqui até 2022, a cada semestre, eu vou reduzindo em X por cento, até chegarmos num ponto aceitável. Algo factível, e não ficar fazendo promessa que eu não vou cumprir.”

 

Mourão também comentou sobre a participação das Forças Armadas nas operações de repressão a crimes ambientais. Um novo decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, foi publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial da União (DOU), prorrogando a presença das Forças Armadas na Amazônia Legal até 6 de novembro.

 

Por Agência Brasil – Brasília