Zenir Carvalho dos Santos nasceu em 29 de novembro de 1934 no município de Dourados, no Mato Grosso do Sul. Filha do casal Geraldo Alves dos Santos e Izaura Alves dos Santos viveu toda a infância na cidade sul-mato-grossense. Aos 15 anos começou a lecionar em uma colônia japonesa e em seguida passou por outras localidades. Morou em várias cidades até fixar residência em Rondônia, onde ficou viúva e se casou outras três vezes.
Segundo informações prestadas por uma de suas filhas, identificada como Merci, Zenir Carvalho era muito religiosa e sempre respeitava a igreja e as pessoas mais velhas. Também tinha muito medo de acontecer a terceira guerra mundial, uma vez que viveu na época da segunda guerra e ficou sabendo das tragédias que ocorreram. Ela amava as crianças e ficava brava quando presenciava – ou tinha notícia de – alguém maltratando algum menor. Adorava os seus netos Diogo e Diene. Teve muitas dificuldades para criar os filhos, mas, conforme relatam familiares, sempre foi uma esposa exemplar e honesta. “Zenir não gostava de fazer dívidas e procurava fazer as coisas certas”, declara Merci.
Zenir Carvalho tinha muitos sonhos e gostava de se envolver em algo positivo. Estava sempre fazendo cursos e queria aprender a tocar órgão, instrumento musical que tinha uma grande admiração. Outro sonho, talvez o principal, era colocar um Jardim de Infância (hoje conhecido como Pré-Escolar) e queria ter para si todos os desenhos relacionados a crianças. Um fato inusitado a respeito da alimentação de Zenir é que ela gostava de misturar melancia com a comida tradicional. Zenir sempre agiu de forma simples e a palavra “extravagância” não fazia de seu vocabulário tanto na teoria quanto na prática.
Um dos ideais almejados por Zenir Carvalho era fazer um curso superior e vencer na vida. Disposição para tais feitos não faltava, mas o trabalho estava cansativo. Ela conheceu a educação por vários ângulos: lecionou na Linha 612 e em seguida veio para a zona urbana do município, sendo lotada à época na Escola Estadual Plácido de Castro. Nesse período não havia merendeira na instituição e Zenir teve que exercer algumas vezes uma função dupla na escola, pois auxiliou na preparação da merenda escolar. Zenir trabalhou também na Escola Raimundo Cantanhêde e Jean Carlos Muniz. Mesmo com dificuldades, sempre cumpriu os compromissos assumidos nos locais por onde passou.
Zenir Carvalho dos Santos faleceu em 11 de novembro de 1997. A família relata que só ficaram boas recordações. “Lindas lembranças de uma pessoa que nasceu, cresceu e sofreu muito para vencer as aflições e dores da vida terrena. Mas viveu feliz e está em paz com Jesus”, conclui a filha Merci.
A Escola Zenir Carvalho
A Escola Municipal de Educação Infantil, Professora Zenir Carvalho obteve autorização de funcionamento para atender crianças de zero a seis anos de idade no ano 2000. O Decreto que autorizou a instituição a funcionar é o n.º 2935/GP/00, datado de 16 de novembro. O estabelecimento de ensino está localizado à Rua Raimundo Barreto, Bairro Jardim Esperança (Setor 07), esquina com a Rua Goiás.
A criação da Escola Zenir Carvalho veio ao encontro às necessidades da comunidade onde a mesma está inserida. Muitos pais que residem no bairro trabalhavam no período diurno e a instituição funciona como um local adequado onde as crianças recebem afeto, carinho e, principalmente a base para a formação educacional que terá influência nas próximas etapas da educação. A escola atende crianças entre a faixa etária de quatro meses a cinco anos de idade.
A escola propõe o fazer pedagógico de acordo com o que preconiza a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 9394/96, bem como as demais leis e portarias no que se refere ao ensino infantil. Conforme acredita a instituição, a educação deve ter como finalidade o desenvolvimento integral da criança nos aspectos físicos, psicológico, afetivo, social e motor, visando um ensino de qualidade. A escola Zenir Carvalho acredita que a parceria com a comunidade escolar é de suma importância para a concretização do saber.
A instituição teve grandes mudanças desse a sua inauguração, tanto no aspecto físico quanto na parte pedagógica. Houve uma verdadeira revolução educacional, pois a escola trouxe a família para dentro de seu ambiente e mostrou aos pais a importância de cada um deles na formação cidadã dos filhos desde os primeiros anos de vida. Mas as transformações não ficaram apenas nessa área. Houve a montagem de uma brinquedoteca, construção de um parque recreativo com ampla cobertura, quadra de areia, jardim e uma horta para ajudar a enriquecer a merenda escolar, entre muitas outras melhorias com o apoio da gestão escolar, funcionários e pais de alunos.
A escola Zenir Carvalho tem a perspectiva de formar cidadãos para uma vida mais digna, consciente de seus direitos e deveres, atuantes, ativos e críticos na sociedade. Além de ter como objetivos o desenvolvimento de tais habilidades, a escola contribui para que os alunos tenham princípios morais, éticos e religiosos e se consolidem com um forte compromisso social, político e educacional desde a infância e que possam levar esses valores para a toda a vida.
A Série “Momento Nossa História” com abordagem específica na história das escolas públicas de Jaru se encerra com a publicação da escola Zenir Carvalho. Entretanto, em breve haverá outras reportagens especiais com foco específico no município de Jaru.
O contato com o autor para conhecer as suas produções literárias pode ser feito de duas formas. Pelo WhatsApp no link https://umzap.com/ELIASGONCALVES, pelo telefone (69) 9 9241-8033, ou através do Facebook, por meio do seguinte endereço eletrônico: https://www.facebook.com/eliasgpjaru.
Nota da Redação: Este material faz parte do conteúdo historiográfico contido no livro “Vivendo Nossa História”, cuja propriedade intelectual pertence ao escritor jaruense Elias Gonçalves Pereira e está sendo publicado em sites de Jaru no formato de reportagem de forma atualizada no ano de 2020 com a expressa autorização do autor. Todos os Direitos Reservados. Copyright © Elias Gonçalves Pereira.
As publicações da Série Momento Nossa História foram feitas na seguinte ordem:
- Abrão Rocha: 02/03 (segunda-feira)
- Aldemir Cantanhêde: 03/03 (terça-feira)
- Apae: 04/03 (quarta-feira)
- Beatriz Mireya: 05/03 (quinta-feira)
- Capitão Silvio: 06/03 (sexta-feira)
- Ceeja: 09/03 (segunda-feira)
- Centro Educacional de Bom Jesus: 10/03 (terça-feira)
- Dayse Mara: 11/03 (quarta-feira)
- Elza Maria Fabris: 12/03 (quinta-feira)
- Escola D’Jaru-Uaru: 13/03 (sexta-feira)
- Gabriel Balmant: 16/03 (segunda-feira)
- Governador Jorge Teixeira: 17/03 (terça-feira)
- Jean Carlos Muniz: 18/03 (quarta-feira)
- José de Souza: 19/03 (quinta-feira)
- Josué Montello: 20/03 (sexta-feira)
- Juscelino Kubitscheck: 23/03 (segunda-feira)
- Marechal Cordeiro de Farias: 24/03 (terça-feira)
- Marechal Costa e Silva: 25/03 (quarta-feira)
- Maria da Conceição: 26/03 (quinta-feira)
- Maria de Lourdes da Silva: 27/03 (sexta-feira)
- Maria do Socorro: 30/03 (segunda-feira)
- Maria Gomes: 31/03 (terça-feira)
- Menézio de Victo: 01/04 (quarta-feira)
- Nilton Araújo: 02/04 (quinta-feira)
- Olga Dellaia: 03/04 (sexta-feira)
- Pato Donald: 06/04 (segunda-feira)
- Pedro Vieira de Melo: 07/04 (terça-feira)
- Plácido de Castro: 08/04 (quarta-feira)
- Raimundo Cantanhêde: 09/04 (quinta-feira)
- Tânia Barreto: 10/04 (sexta-feira)
- Zenir Carvalho: 13/04 (segunda-feira)
Por:Elias Gonçalves
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