Ministério Público questiona decisão judicial em caso Antonieli de feminicídio em Pimenta Bueno

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Antonieli Nunes Martins

 

O Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça de Pimenta Bueno, manifestou-se a respeito de decisão judicial em relação à instauração de incidente de insanidade mental de G.H.S.S, acusado da morte da jovem A.N.M, ocorrida em fevereiro deste ano.

 

Na manifestação, o Promotor de Justiça Tiago Cadore requereu o levantamento do sigilo processual, solicitando ainda o indeferimento do pedido de assistência psicológica privada, formulado pela defesa, uma vez que o estabelecimento prisional oferece o auxílio pretendido, com profissional próprio.

 

Recurso: Na mesma decisão, a Justiça determinou à Secretaria de Justiça a imediata disponibilização de vaga e transferência do réu a uma unidade hospitalar ou prisional que possa recebê-lo.

 

Em razão disso, o MP recorreu da referida determinação, através de embargos de declaração, alegando que inexiste laudo médico confirmando a suposta insanidade mental do acusado e, ainda, que sequer houve pedido neste sentido.

 

A insurgência do Ministério Público é para que seja feita uma análise sobre o estado de saúde mental do réu, pois, até o momento, não se tinha nenhuma notícia de sua alegada inimputabilidade.



 

O caso: De acordo com as investigações, o acusado mantinha um relacionamento extraconjugal com a jovem, que estava grávida dele. O crime teria ocorrido para ocultar a gravidez.

 

Relembre:

Um homem de 28 anos está sendo investigado por ser o principal suspeito de ter esfaqueado e matado uma grávida em Pimenta Bueno (RO). O assassinato de Antonieli Nunes Martins, de 32, está causando revolta entre os moradores. Isso porque, segundo a Polícia Civil, o homem decidiu matar a gestante porque não queria assumir a paternidade da relação extraconjugal que eles mantinham.

 

O corpo de Antonieli foi encontrado n a última quinta-feira (3), após os parentes irem na casa para verificar o que estava acontecendo, pois a mulher não apareceu para trabalhar e nem respondia mais mensagens de celular.

 

Ao entrarem na casa, que estava com a porta destrancada, os parentes se depararam com a mulher morta em cima da cama.

Após o início da investigação, a polícia descobriu que Antonieli e um colega de trabalho tinham se encontrado durante a noite de quarta-feira (2.Fev.2022), na residência onde ela morava. Na ocasião teria ocorrido uma discussão entre eles e o suspeito teria estrangulado a vítima e dado uma única facada no pescoço dela.