Médico é acusado de aplicar medicamentos para namorada abortar em Ariquemes, RO

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O médico nega o crime e afirmou que desejo de não ter o filho seria de ambos. Sobre medicamento aplicada, seria para cólicas que ela sentia.

UNISP JARU – Foto: PortalP1

 

Na madrugada desta segunda-feira, dia 18 de fevereiro, por volta das 02h30, uma mulher de 32 anos, moradora de Ariquemes (RO), há 200 km de Porto Velho, registrou uma ocorrência de “aborto provocado por terceiro sem consentimento da gestante” e acusou o namorado, que é um médico de 36 anos, de leva-la para um motel e depois ambos irem para a casa do suspeito e lá ocorrido o crime.

A mulher que estava grávida de nove semanas, contou à polícia que ao chegar à casa do namorado, ele teria fingido que faria uma massagem, a amarrou na cama com sua lingerie [peça intima] e aplicado em sua nádega direita um medicamento.

A vítima também acusou o suspeito de colocar em sua vagina medicamentos abortivos e um produto em suas narinas, assim que ela reagiu, o que a deixou muito sonolenta.

Segundo a mulher, ao acordar teria percebido um sangramento pela vagina e pediu que o médico a levasse até a casa de sua mãe, mas ele se negou. Então o suspeito deixou a mulher medicada, sonolenta e sangrando, na frente da casa de uma tia, que mora na altura do Setor-06, em Ariquemes.



A vítima foi levada para o hospital, onde a equipe de plantão que a atendeu, cumprindo protocolo, teria acionado a Polícia Militar, já que poderia ser um caso de violência doméstica.

Os policiais ouviram a vítima, coletaram todos os dados e estiveram na casa do suspeito. Segundo o boletim de ocorrência, o médico confirmou parte da versão da vítima, mas disse que a vontade de não ter o filho, seria de ambos.

O boletim dá conta de que o médico confirmou que o aborto, seria o melhor para o casal. Ele também teria apresentado aos policiais uma ampola vazia do medicamento que segundo ele [médico], teria sido o injetado na vítima, ‘butilbrometo de escopolamina 4mg/mL mais a composição de dipirona monoidratada 500 mg/mL (Buscopan Composto).
O médico também apresentou a seringa descartável de 10ml, com sinais de utilização

O médico também afirmou ter iniciado uma discussão com a namorada, mas sem agressões de ambas as partes, apenas verbal. Ele a acusou de querer dinheiro para pagar uma pessoa que tinha fornecido o medicamento abortivo e que, por vontade própria, ela teria tomado e ele apenas medicou devido às cólicas que ela sentia.

O médico não foi preso. A vítima foi medicada e passa bem.

A autoridade policial disse que o caso será investigado pela Polícia Civil. Ninguém soube informar se a conduta do médico será investigada pelo Conselho Regional de Medicina.

Jornal Eletrônico Portal P1