A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron) intensificou as ações de prevenção e combate à raiva dos herbívoros nos municípios de Pimenta Bueno e Machadinho do Oeste, na divisa com Cujubim, interior de Rondônia.
Vale destacar que, só no primeiro semestre deste ano, já foram registrados sete focos de raiva animal em herbívoros, média de um por mês. A primeira confirmação de foco da doença foi em março, na região de Jaru. Em maio, outros dois casos da doença foram registrados, um em Ji-Paraná e outro em Alvorada do Oeste. Em junho a confirmação de raiva animal foi na região de Theobroma, na divisa com Vale do Anari. No mesmo mês um novo foco foi confirmado, desta vez no distrito de São Domingos do Guaporé, região de Costa Marques. E, mais recentemente, agora em julho, nos municípios de Pimenta Bueno e Machadinho do Oeste.
PIMENTA BUENO
O acompanhamento do foco, em Pimenta Bueno, teve início dia 07 junho, quando o proprietário de um sítio localizado na Linha do Calcário, km 48, informou à Idaron de Espigão do Oeste sobre a morte de um boi e a ocorrência de sintomas de raiva em outro bovino.
Por se tratar de doença grave, que pode acometer tanto o homem quantos os animais, de imediato, foram adotadas as medidas sanitárias cabíveis em todas as propriedades localizadas no raio de até 12 quilômetros do ponto focal, onde foi registrado o caso de raiva.
As ações da Idaron contemplarão 136 propriedades rurais, com cuidados voltados a 23,8 mil bovinos e bubalinos, 323 ovinos, 11 caprinos, 278 equídeos e 262 suínos.
MACHADINHO D’OESTE
Na região de Machadinho D’Oeste o acompanhamento do foco de raiva iniciou dia 23 junho, após registro de suspeita da doença em uma propriedade rural localizada na Linha 13, km 60, região do assentamento Galo Velho.
No dia 05 de julho, a Agência Idaron foi informada sobre o resultado do exame, que deu positivo para raiva. Em caráter de urgência, também foram adotadas as medidas sanitárias cabíveis em todas as propriedades localizadas no raio de até 12 quilômetros do ponto focal. A atividade é realizada em 489 propriedades rurais, contemplando 34,3 mil bovinos e bubalinos, 113 ovinos, 176 equídeos e 485 suínos.
AÇÕES SANITÁRIAS
Como já é habitual quando há detecção desse tipo de enfermidade em animais de produção, a regional da Idaron montou forças tarefas para alertar os produtores rurais dos dois municípios quanto a importância da vacinação do rebanho e visitar as propriedades rurais dentro do perifoco (no raio de até 12 Km) alertando sobre o modo de transmissão da raiva, bem como para detecção de abrigos de morcegos hematófagos, principal transmissor da doença.
As equipes também realizarão ações para detectar a existência de abrigos de morcegos hematófagos na região e de mordedura em animais. A iniciativa inclui principalmente ações educativas, com ampla divulgação sobre a enfermidade e suas consequências, através de palestras e reuniões em escolas e associações rurais com produtores, e distribuição de material gráfico. A divulgação também ocorre em meios de comunicação em rádios locais com veiculação de spots e entrevistas com técnicos para informação e esclarecer dúvidas da população.
PRODUTOR
O controle e prevenção da raiva depende muito da colaboração do produtor rural através da vacinação dos animais. Para prevenção da doença, os produtores devem vacinar todos os bovinos, búfalos, cavalos, burros, jumentos, ovelhas e cabras existentes nas propriedades.
Deve ainda realizar reforço da vacina após 30 dias nos animais que foram vacinados pela primeira vez. Posteriormente, a vacinação deve ser repetida anualmente. A Idaron lembra ainda que a vacinação deverá ser declarada na Agência, com a apresentação da relação dos animais vacinados e da nota fiscal da compra da vacina, utilizando, preferencialmente, os canais de atendimento remoto.
“A vacinação e comprovação é obrigatória apenas para as propriedades situadas no raio de até três quilômetros do foco. Já nas propriedades localizadas entre três e 12 km de distância do foco, a vacinação é somente recomendada, ou seja, de adesão voluntária”, explica o coordenador do programa de combate à raiva animal dos herbívoros, Fabiano Benitez Vendrame.
É importante também que a comunidade informe à Idaron a existência de animais com sinais clínicos nervosos, como dificuldade para engolir (parecendo que o animal está engasgado), andar cambaleante, quedas frequentes, dificuldade para se levantar, animais que permanecem apenas deitados ou de mortalidades.
Essa comunicação pode ser feita direta nos canais de atendimento remoto da Idaron de sua localidade, ou através do site www.idaron.ro.gov.br na aba notificação de doenças ou até mesmo ligando no telefone 0800 643 4337. A ocorrência de ataques de morcegos a animais ou a pessoas e a existência de abrigos de morcegos também deve ser comunicada.
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