Não é de hoje que ouvimos falar do alto índice de agrotóxicos encontrados em alimentos e que estes produtos, utilizados em frutas, verduras e legumes, com o objetivo de afastar insetos e microrganismos são altamente prejudiciais à saúde. Este é o principal fator que torna o uso de agrotóxico, objeto de constante pesquisa e sinônimo de preocupação para o consumidor, que não sabe mais o que é saudável. Sem resposta científica que possa afugentar o temor de estar ingerindo alimentos com resíduo inapropriado, a principal alternativa recomendada é fazer a higienização correta, “para eliminar ao menos na superfície, a quantidade de agrotóxicos presentes nos alimentos” é o que recomenda Patrícia Martins, nutricionista da subgerência de alimentação escolar da Secretaria de Educação (Seduc).
De acordo com ela, a melhor opção para evitar a exposição aos agrotóxicos seria a utilização de alimentos orgânicos, no entanto com o alto preço e pouca oferta dos orgânicos no comércio, o mais aconselhável é fazer uma higienização nos alimentos antes de consumir.
Por isso, a higienização de alimentos foi um dos temas da capacitação oferecida pela Seduc, para servidores que manipulam alimentos, em todo o Estado e alcançou principalmente as merendeiras. As capacitações foram realizadas por meio da da Subgerência de Alimentação Escolar e acompanhadas pelo subgerente José Áureo Souza de Oliveira. No ano passado, 1.011 profissionais participaram das ações, o que representa 75% dos servidores. “Nos encontros repassamos dicas que parecem ser simples, mas que fazem diferença em relação ao manipulação e armazenamento dos alimentos”, diz Patrícia Martins. “O resultado foi tão empolgante que recebemos sugestão de realizar as capacitações com mais frequência e até estender as ações para os diretores das Unidades”, detalha Patrícia.
Ela explica que o cuidado com os alimentos oferecidos para a merenda escolar precisa ser dobrado e a dificuldade que o Estado encontra de adquirir alimentos orgânicos. “As escolas seguem a resolução 26/2013 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que orienta que se estimule a utilização de alimentos orgânicos, mas nem sempre encontramos. Em Porto Velho, por exemplo, não tem produtor cadastrado, porque obter a certificação é um procedimento extremamente burocrático”, explica. Neste caso, em relação à merenda escolar e até mesmo para a manipulação dos alimentos, em casa, resta uma boa higienização dos alimentos.
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