Integrantes furtavam combustível de caminhões-tanque e veículos de grande porte; Litro adulterado era vendido por até R$ 1,50. Segundo PRF, 17 pessoas foram presas na ‘Operação Combustão’.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que as 17 pessoas presas durante a Operação Combustão em trechos próximos da BR-364, em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, faturavam cerca de R$ 700 mil por mês com a venda de combustível adulterado. A ação foi deflagrada na manhã de quinta-feira (20).
Segundo a PRF, outros cinco mandados de prisão contra caminhoneiros devem ser cumpridos nos próximos dias.
Na tarde de quinta-feira (20), uma entrevista coletiva foi realizada no auditório da promotoria de Justiça de Ariquemes. A equipe de policiais da PRF e promotores do Ministério Público de Rondônia (MP-RO) explicaram como agiam os caminhoneiros.
“Os donos dos caminhões tanques contratavam os motoristas, que sem os patrões saberem, paravam nos pontos clandestinos. Eles rompiam os lacres para furtar o combustível dos caminhões-tanques e os donos dos pontos receptavam os produtos”, disse o promotor.
Segundo a PRF, haviam duas formas em que os infratores retiravam os combustíveis para adulterarem e comercializarem em seguida.
“O caminhão-tanque abastecia na distribuidora, passava em um dos cinco pontos e o combustível era retirado do próprio tanque. As tampas de acesso eram deslacradas e retirado o combustível com mangueiras ou com bombas elétricas para sugar o combustível dos tanques”, disse o chefe de fiscalização da PRF, André Benedetti.
Na outra modalidade para conseguir os combustíveis, os caminhoneiros paravam em um dos cinco pontos existentes em um raio de 80 quilômetros na BR-364 e o grupo retirava o combustível do próprio tanque de veículos de grande porte.
De acordo com a PRF, durante a ação foram apreendidos quatro armas de fogo, 6.700 litros de óleo diesel, 840 litros de gasolina, 505 litros de etanol, 700 litros de óleo vegetal e mais de R$ 81 mil, entre dinheiro e cheques.
Durante a operação, 17 pessoas foram presas, sendo que 11 em prisões temporárias e seis em prisões preventivas. Agora, o MP-RO segue os trabalhos para oferecer a denúncia ao judiciário de Ariquemese e se iniciar a ação penal.
Os infratores poderão responder pelos crimes de receptação, crime ambiental, crime contra a economia popular, organização criminosa e associação criminosa.
Por Jeferson Carlos, G1 Ariquemes e Vale do Jamari
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