Governo retoma projeto para erguer hidrelétricas no Norte; o município de Machadinho está entre elas.

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A pedido de Marcos Rogério, governo estuda incluir quatro hidrelétricas em Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)

Imagem/Ilustrativa-Internet

 

Há pelo menos seis anos, setores do governo brasileiro estudam construir quatro grandes hidrelétricas, duas delas na Região Norte, uma delas em Rondônia, em Machadinho D’oeste, e a outra em Roraima. Mas por falta de acordo nos governos petistas, as propostas não foram levadas adiante. Agora, no governo de Jair Bolsonaro, tudo indica que as hidrelétricas finalmente sairão do papel.

Nessa quarta-feira (21/08), o presidente Jair Bolsonaro anunciou pacote de novas privatizações, concessões e leilões, e informou que na lista dos empreendimentos que o governo pretende oferecer na área de energia estão as hidrelétricas Bem Querer (RR), Telêmaco Borba (PR), Tabajara (RO) e Castanheiras (MT).

A medida veio em atendimento a solicitação do presidente da Comissão de Infraestrutura, o senador Marcos Rogério (DEM-RO), que pediu ao governo a inclusão das usinas em programa de parcerias entre o setor público e o privado.
O programa tem como finalidade ampliar e fortalecer a interação entre o Estado e a iniciativa privada, por meio da celebração de contratos de parceria e de outras medidas de desestatização.

As usinas fazem parte de pacote de futuras concessões do governo. As quatro foram qualificadas e estão em análise de viabilidade e dependem de revisão do estudo de licenciamento ambiental.



Para o presidente da Comissão de Infraestrutura, Marcos Rogério, a inclusão das usinas no programa de investimentos deve ajudar a movimentar a economia. “Somente no PPI anunciado ontem, a expectativa de arrecadação é de R$ 2 trilhões. Isso significa a retomada do desenvolvimento econômico nacional. A ampliação do parque de geração de energia elétrica é um passo importante para movimentar a economia, gerar novos empregos e desburocratizar o setor, gerando mais renda e tirando o Brasil do atraso”, ressaltou Marcos Rogério.

O senador também questionou a adoção de modelos hidrelétricos aquém da capacidade de geração. Tomando como exemplo a UHE Belo Monte, cujo custo de investimento foi alto, e a modelagem do empreendimento foi inferior à sua capacidade.

“O Brasil deixou de explorar a sua potência energética em razão de equívocos sob argumento do licenciamento ambiental. Ao meu juízo, me parece equivocado. Deixam de gerar numa matriz quantidade maior de energia, com capacidade para isso, para, em contrapartida, acionar um outro modelo que é muito mais poluente e vai gerar muito mais impacto ambiental, que é o caso das termoelétricas”, explicou o senador.

Além de Belo Monte, as usinas de Jirau e Santo Antônio, no estado de Rondônia, são outros dois exemplos de hidrelétricas construídas dentro dessa perspectiva. “Tinha capacidade pra gerar mais, mas está gerando a menos, em função do modelo adotado. Temos que elaborar um estudo para entender se esse modelo de fio d’agua de fato gera menos impacto ambiental”, ressaltou.

Senador Marcos Rogério (DEM-RO)

 

Fonte: Assessoria