Governo de Rondônia transfere 13 pacientes com Covid-19 para hospitais de Curitiba

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Uma articulação entre Governo de Rondônia e Governo Federal, resultou na transferência de 13 pacientes com Covid-19, em estado clínico de leve a moderado para unidades hospitalares de Curitiba (PR). O embarque aconteceu no final da tarde desta segunda-feira (25), na Ala 6 (Base Aérea) de Porto Velho, onde foram transportados por uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) até a Capital do Paraná e de lá, transferidos para o Hospital Vitória e o Instituto de Medicina. Os pacientes transferidos são de Porto Velho.

A união de esforços para salvar mais vidas nesse primeiro momento foi possível com a articulação do governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, junto ao Ministério da Saúde, Exército Brasileiro e Prefeitura de Curitiba.

O secretário de Estado da Saúde (Sesau), Fernando Máximo, acompanhou o embarque dos pacientes atento aos cuidados necessários pertinentes ao procedimento. ‘‘Foi feita uma força-tarefa em conjunto, do Governo com a Prefeitura, e a maioria dos pacientes que foram transferidos são das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Hospital de Campanha e do Centro de Medicina Tropical (Cemetron)’’, afirma.

A iniciativa é uma demonstração do quanto o Governo do Estado não mede esforços para ajudar os rondonienses. São muitas as ações de combate ao coronavírus desde antes do início da pandemia, como a antecipação na aquisição de equipamentos, compra de Hospital de Campanha permanente e ampliação da capacidade de internações.

 

 

E agora, com a ocupação crescente dos leitos por pacientes com Covid-19, o governo Federal ofereceu aos rondonienses a oportunidade de continuar o tratamento em outro Estado. Conseguiu, ainda, mais vagas e a disponibilidade de aeronaves da Força Aérea Brasileira fazerem o transporte dos que estão clinicamente estáveis, porém depende de que os pacientes, voluntariamente, queiram o atendimento fora do Estado. ‘‘Interrogados, a maioria dos pacientes não quis ir’’, esclarece o secretário.

Toda a logística foi realizada com rigorosa segurança e responsabilidade com as vidas dos pacientes. Uma equipe da Sesau, composta por quatro médicos, dois enfermeiros e quatro técnicos de enfermagem, acompanhou os pacientes durante o voo com todo o equipamento necessário para o pronto atendimento.



Por determinação do Comando Militar da Amazônia (CMA), a 17ª Brigada de Infantaria de Selva (17ª
Bda Inf Sl) também apoiou essa ação com viaturas militares, ambulâncias, profissionais de saúde, além de militares empregados direta e indiretamente na atividade.

A Brigada também fez a segurança e o balizamento durante o translado dos pacientes internados no Hospital de Campanha de Rondônia, no Cemetron, e nas UPAs, até a Base Aérea de Porto Velho.

 

 

NOVAS OFERTAS DE TRATAMENTO

 

O secretário da Sesau, Fernando Máximo, anunciou ainda que o Governo de Rondônia conseguiu vagas de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. ‘‘O Governo do Estado negociou com esses estados vizinhos e nós estaremos encaminhando em UTIs aéreas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia e em aeronaves terceirizadas’’, esclarece.

Também adiantou que, há 10 vagas em Cuiabá e para esse destino será dado início às transferências. A logística é complexa e está sendo preparada. ‘‘Os pacientes graves de UTI são pacientes complexos. É uma logística muito difícil de se fazer, tem pouquíssimas aeronaves preparadas para o transporte desses pacientes no Estado, portanto serão transportados gradativamente, em números pequenos, e o critério de seleção é rigoroso, pois exige muita cautela para a transferência deles’’, informa Máximo.

 

RONDÔNIA PRECISA DE MÉDICOS

 

Fernando Máximo ressalta que o Estado realizou uma força-tarefa e conseguiu ofertar recentemente mais leitos aos rondonienses, tanto no Hospital de Campanha (antigo Regina Pacis) como no Cero, o Hospital de Campanha de Rondônia – Unidade Zona Leste, mas a rede estadual está no limite.

Rondônia tem leitos de UTI montados e com todos os profissionais, menos médicos. ‘‘Estamos aguardando médicos para abrir esses leitos. O Ministério da Saúde já sinalizou a possibilidade de chegar médicos de outros estados que se disponibilizaram, e estamos ansiosos por isso, pois não haverá mais, possivelmente, a necessidade de transferir pacientes para fora do Estado’’, esclarece o titular da Sesau.

Apesar dos inúmeros chamamentos públicos, Rondônia continua carecendo preencher as vagas disponíveis para esses profissionais. A expectativa é por mais 30 médicos para reforçar o enfrentamento à pandemia com ampliação da oferta de internações para pacientes.

 

 

Fonte
Texto: Vanessa Moura
Fotos: Ésio Mendes
Secom – Governo de Rondônia