Funcionários da RedeTV entram em greve por tempo indeterminado

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Emissora alega que argumentação dos funcionários está ‘desvinculada da realidade’.

 

Em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira, 30 de agosto, os funcionários da emissora RedeTV! Decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Na lista estão profissionais de diferentes áreas, como câmeras, produtores, editores, secretários, copeiras, advogados, seguranças, faxineiras e até professores de educação física da emissora.

 

Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, os colaboradores são registrados como radialistas, mesmo que boa parte deles não desempenhem essa função. Além disso, eles estão sem receber reajuste salarial ou abono há quatro anos.

 

A entidade também argumenta que, durante a pandemia, a RedeTV! aderiu ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, do Governo Federal, o que reduziu em 25% os salários durante oito meses. Porém, a emissora vem demonstrando ganhos publicitários nos últimos três anos, além da realização de sorteios de prêmios que ajudam na receita da empresa.



 

O Sindicato também lembrou que a empresa conta com contratos milionários com Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Petrobras, entre outras instituições públicas. Além disso, a emissora recebe investimentos milionários da Vivo, SKY, Facebook, Cartão de Todos, Ultrafarma, Bradesco e Itaú. Sem falar nos “merchans” durante os programas e os horários vendidos a igrejas.

 

Os colaboradores querem reajuste salarial de 18,72% sobre o salário vigente em maio de 2017, abono salarial retroativo a 353,89% de uma remuneração, além de manutenção de todas as cláusulas da convenção coletiva.

 

Já a RedeTV! afirmou que a decisão de iniciar a greve foi tomada sem a participação da maioria dos trabalhadores. A emissora disse ainda que a argumentação apresentada pelo Sindicato é “totalmente desvinculada da realidade”.

 

“A RedeTV! lamenta que o Sindicato tenha realizado assembleia na qual não estava presente a maioria de seus milhares de colaboradores para decretar o estado de greve. Isso prejudica o trabalho dos demais colaboradores que não concordam ou apoiam tal movimento”, afirmou a emissora em nota.

 

“A argumentação apresentada pelo Sindicato é totalmente desvinculada da realidade, sabendo que o setor de comunicação foi um dos mais gravemente afetados pela pandemia covid-19 e que a RedeTV!, ao contrário de outras empresas do meio que notoriamente praticaram grandes cortes de folha de pagamento durante o período, não o fez. A RedeTV! seguirá desempenhando as suas funções com os colaboradores que refutam tal movimento”, completa a emissora.

 

 

Fonte: Minha Operadora