
Após 35 anos de convivência, Lidiane Miranda Cristovam conseguiu incluir o nome do pai socioafetivo, Francisco Carlos de Oliveira Camelo, em seus documentos por meio da Operação Justiça Rápida Itinerante, realizada no distrito de Estrela Azul, na região de Machadinho D’Oeste, interior de Rondônia, no mês de abril.
“Foi a melhor sensação do mundo. No dia da audiência, eu já saí de casa chorando, porque perdi meu pai biológico quando era criança, e ter meu outro pai me reconhecendo foi a coisa mais incrível que ele poderia ter feito por mim”, comentou Lidiane, emocionada.
Para a família, o reconhecimento da paternidade perante a lei celebra uma relação construída ao longo de mais de três décadas, marcada pelo cuidado e pelo afeto.
A iniciativa de formalizar o vínculo partiu do próprio Francisco, durante um jantar em família. Na ocasião, Lidiane comentava sobre o processo de reconhecimento do filho dela pelo ex-marido.
“Começamos a falar sobre meu filho e o pai de criação dele. Aí meu pai perguntou se podia colocar o nome dele no meu registro também. Eu comecei a chorar, porque sempre foi o meu sonho. Lembro que ele disse: ‘O pai te ama, filha’. Daí virou uma comemoração”, contou.
Na mesma audiência, foi realizado o reconhecimento jurídico das paternidades de Lidiane e de seu filho.
“Fico feliz por mim, pelo meu filho e pelo pai dele. É gratificante saber que o nome do meu pai, que me criou, está no meu registro. É uma segunda chance de ser reconhecida com amor e de ser feliz”, destacou Lidiane.
A Operação Justiça Rápida Itinerante é realizada pela Corregedoria do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), com apoio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc). As audiências foram conduzidas pelo juiz Matheus Brito, com atuação da promotora Valentina Noronha, da defensora pública Patrícia Araújo, e acompanhados pelos conciliadores do TJRO, Antônio Andrade e Jeane Duarte.
Casos como o de Lidiane refletem a missão da operação: garantir o acesso à Justiça de forma ampla, célere e humanizada.
Fonte: Tribunal de Justiça de Rondônia
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