
A Polícia Civil de Rondônia, por meio da 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO2), integrante da DECCO, deflagrou na manhã desta sexta-feira (17 de outubro) a Operação Ouro de Areia. A ação, que contou com o apoio do Ministério Público do Estado de Rondônia por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), visa desmantelar um esquema sofisticado de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro que afetou as finanças estaduais.
Segundo das investigações existia dentro da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia, uma estrutura criminosa sofisticada que utilizava cargos fantasmas para desviar recursos públicos. Um servidor público da casa legislativa atuou como líder e articulador central, responsável pelo recrutamento, comando das operações e planejamento dos crimes.

Segundo a investigação, servidores foram nomeados para o cargo comissionado de Assessor na Assembleia Legislativa de Rondônia com remuneração mensal, mas há indícios de que jamais teriam exercidos qualquer função inerente aos cargos, continuando a trabalhar em outro local.
Além do mais, servidores contratados pelo esquema fraudulento realizavam empréstimos consignados junto ao Banco do Brasil em valor expressivo, sendo que os recursos eram imediatamente dissipados entre os integrantes da rede criminosa.

Foi decretada a prisão preventiva de um investigado (líder da organização), autorizada busca e apreensão domiciliar e pessoal em 08 (oito) endereços residenciais, além da busca na ALERO, além de implementadas diversas medidas cautelares complementares, incluindo suspensão do exercício da função pública de 03 (três) servidores por 90 dias, proibição de acesso a repartições públicas e contato com vítimas e testemunhas por parte dos investigados.
O nome da operação encapsula a essência do crime investigado. Ouro de areia é uma falsificação que simula valor onde não existe. Da mesma forma, o esquema de funcionários fantasmas cria a ilusão de legitimidade — documentos oficiais, nomeações registradas, salários pagos — por trás da qual está apenas o vazio: pessoas que não trabalham, funções que não existem, e recursos públicos que escorrem, como areia entre os dedos, para benefício privado ilícito. A operação revela como a corrupção institucional transforma o que deveria ser bem público em instrumento de fraude.

Fonte: Assessoria
Deixe seu comentário