A solidariedade da população rondoniense colabora com as ações desenvolvidas pelo Governo de Rondônia, que no decorrer de nove anos conseguiu captar 572 córneas, órgão de extrema importância para a realização de transplantes. A Secretaria de Estado da Saúde – Sesau realiza em média 63 transplantes por ano, que corresponde a uma média de cinco transplantes por mês. Os números que indicam uma mudança completamente positiva na vida de pacientes que necessitam da ação voluntária da família dos doadores, para continuar enxergando.
Foi assim com Joel da Silva, de 77 anos, que passou pelo procedimento. Ele foi submetido ao transplante de córnea e conseguiu ter sua visão de volta. “Desde a realização dos exames para fazer a cirurgia tive um acompanhamento perfeito, todo o cuidado e atenção. A cirurgia foi um sucesso, foi feita no Hospital de Base Ary Pinheiro – HBAP. Minha recuperação foi rápida e sem complicações. Hoje estou saudável e enxergando muito bem, só tenho a agradecer”, conta Joel.
A enfermeira Renata Bentes de Oliveira Restier, coordenadora da Central Estadual de Transplantes explica que o transplante de córnea é um dos mais realizados, pois, além de ser um tecido resistente, pode ser armazenado por até 14 dias após a doação, facilitando o trabalho da equipe médica.
Em Rondônia, a captação de córneas é realizada pelo Banco de Olhos de Rondônia. A doação, originalmente, é de pessoas que foram a óbito recentemente, cuja disposição de doar já foi formalizada em vida ou então, por familiares, voluntariamente, logo após o óbito. A doação pode fazer mais de uma pessoa voltar a enxergar.
O diretor do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, Rodrigo Bastos ressalta a importância das doações: “Esse gesto de amor representa uma mudança extremamente positiva na vida das pessoas que aguardam na fila por um órgão. Somos gratos às famílias que foram solidárias”, pontua.
COMO SER DOADOR
Para ser doador no Brasil, a pessoa não precisa deixar nada escrito, em nenhum documento, basta informar à família sobre o desejo. O procedimento só ocorre depois da autorização da família. Nesse caso, os órgãos que podem ser doados são, fígado, rins, córneas, pâncreas, intestino, ossos, pele, coração, pulmão.
O doador voluntário, ainda em vida, também pode doar um dos rins, parte do fígado, medula óssea ou parte do pulmão, para pessoas de até quarto grau de parentesco e cônjuges.
Segundo o Ministério da Saúde – MS, o Brasil possui o maior programa público de transplantes no mundo. Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte
Texto: Lara Lívia
Fotos: Italo Ricardo e Ludmary Nascimento
Secom – Governo de Rondônia
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