Parlamentar afirmou que famílias estão sendo impedidas de realizarem enterros em jazigos particulares de maneira arbitrária
Durante a sessão parlamentar desta terça-feira (01), o deputado Adelino Follador (DEM) chamou atenção para uma situação dramática que vem ocorrendo no município de Ariquemes. Segundo o deputado, as famílias que perderam entes pela Covid-19 estão sendo impedidas de enterrarem seus mortos em jazigos particulares, somente sendo permitida a realização de enterros em locais determinados pelo Poder Executivo Municipal.
O parlamentar destacou que não existe regulação específica que impeça enterros em jazigos familiares, considerando que já estão sendo cumpridos os protocolos de segurança determinados pelo Ministério da Saúde para evitar o contágio. Adelino afirmou que enviará um documento pedindo que a Anvisa se manifeste a respeito do assunto, para que todos os municípios possam se adequar aos procedimentos de forma padronizada, evitando confusões por falta de informação.
Adelino fez um apelo para que as entidades responsáveis evitem criar maiores constrangimentos às famílias nesse momento delicado, considerando que muitos estão precisando recorrer à Justiça para conseguir uma liminar que permita enterrar seus familiares no local que desejam. “As pessoas querem até entrar com processo por Danos Morais, porque, depois de enterrado, é preciso esperar cinco anos para poder remanejar o ente querido para o cemitério onde está a família”, alertou o parlamentar.
O deputado também destacou que, devido ao horário de funcionamento do cemitério, alguns enterros estão sendo realizados de maneira muito rápida, impedindo os familiares de terem a chance de se despedir de seu ente querido.
Atendimentos de emergência
Adelino Follador aproveitou ainda a oportunidade para pedir que o Estado olhe com mais atenção para os pacientes que necessitam de atendimento por outros motivos além da Covid-19. Segundo o parlamentar, pessoas que sofrem acidentes e precisam de cirurgias no Hospital João Paulo II estão esperando muito tempo pelo atendimento, ficando sujeitas a contraírem o novo coronavírus no próprio ambiente hospitalar.
“Essas pessoas que chegam lá e podem fazer a cirurgia, que se faça para que elas possam ir embora logo, antes de se contaminar”, pediu o deputado.
Texto: Ana Carolina Custódio-ALE/RO
Foto: Marcos Figueira-ALE/RO
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