Denúncia: Crianças fora da aula e possíveis ameaças geram preocupação em ocupantes de área entre Governador Jorge Teixeira e Campo Novo de Rondônia

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A Associação Nova Esperança, entidade que representa agricultores que estariam ocupando uma área destinada à reforma agrária em uma região entre os municípios de Governador Jorge Teixeira e Campo Novo de Rondônia, entrou em contato com a redação do Portal P1 para denunciar possíveis ameaças que estariam ocorrendo com famílias que, na luta por um pedaço de terra, estão ocupando a região para pressionar o INCRA e as autoridades em geral sobre a atenção que o caso exige.

 

O Portal P1 teve acesso ao mais recente vídeo postado no canal do YouTube da entidade e as imagens registram a situação do casal Rogério Ribeiro e Jaine Maria que possui uma criança de colo e que estariam temerosos com os últimos acontecimentos na região.



 

Conforme apurado, cerca de 300 famílias convivem diariamente com o medo e muitos nem conseguir dormir direito. Além disso, crianças que, pela idade deveriam estar na escola, estariam sem estudar, pois, devido à distância, ausência de transporte escolar e também outros fatores, não foram matriculadas em sala de aula. O Portal P1 tentará contato com o Conselho Tutelar de Governador Jorge Teixeira para averiguar junto ao Conselho o que poderá ser feito quanto ao fato de existir crianças fora da sala de aula, já que, até aos 17 anos, a educação é obrigatória para crianças e adolescentes.

 

O casal Rogério e Jaine afirmam que teriam sido feitos reféns por supostos guachebas (jagunços). A Associação Nova Esperança acusa o ex-senador Ernandes Amorim de estar por trás dos ataques, porém o político não foi encontrado pelo Portal P1 para rebater as acusações feitas a ele. O suposto motivo para o Amorim ser apontado como suspeito de ser o mandato das retaliações feitas aos ocupantes é que, segundo informações, ele teria, supostos documentos, que lhe daria a posse da terra que está em litígio.

 

As pessoas que estão na área já fizeram plantações para tirar o próprio sustento, mas, em várias oportunidades, tiveram suas casas queimadas, além de sofrerem os mais variados tipos de ameaças. Enquanto isso, mesmo em meio a luta e o medo, as famílias continuam em busca de um pedaço de chão.