Caso de vaca louca registrado no Pará é atípico e não compromete as exportações, aponta Idaron

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Produtor não deve, em hipótese alguma, fornecer aos ruminantes proteínas de origem animal

 

Uma boa notícia à pecuária brasileira: o caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB, conhecida como doença da vaca louca, registrado em fevereiro em Marabá, no Pará, foi apontado nesta quinta-feira (2), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, como atípico, ou seja, a doença surgiu de forma espontânea no organismo de um animal de nove anos, sem risco de disseminação no rebanho nem ao ser humano.

 

 

Sobre o caso, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia – Idaron explica que a modalidade atípica da encefalite espongiforme bovina ocorre em animais idosos, se tratando de um processo degenerativo cerebral, que pode ocorrer com o avançar da idade, em vez de ser transmitida de forma clássica, pela ingestão de ração contaminada.

 

 

Para o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, “o produtor rural rondoniense, bem como os das demais regiões, podem ficar tranquilos, tanto em relação à doença quanto aos impactos econômicos”, acrescentando que, “a possibilidade da doença ser atípica já era dada como real pelo Ministério da Agricultura, que aguardou apenas o resultado dos exames para confirmar”, completou.

 

 

O laudo, confirmando a atipicidade da doença, foi fornecido pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal – OMSA, que fica em Alberta, no Canadá. Os procedimentos para informar a OMSA e as autoridades Chinesas já foram iniciados pelo governo brasileiro. De acordo com o Ministério da Agricultura, na última semana, o Brasil havia suspendido a exportação de carne bovina à China espontaneamente, medida que seguiu o protocolo sanitário entre os dois países. “Agora as vendas devem ser retomadas”, destacou o presidente da Idaron.



 

 

PREVENÇÃO DA DOENÇA

 

Reiterando o alerta para prevenção da doença, a Idaron informa que alimentos enriquecidos com proteína de origem animal, incluindo a cama de aviário, resíduos da criação de suínos e farinhas produzidas a partir de carne e ossos de animais, são danosos à saúde dos ruminantes (bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos). Segundo o coordenador técnico da Agência, Walter Cartaxo, “o produtor não deve, em hipótese alguma, fornecer aos ruminantes proteínas de origem animal”, acentuou.

 

 

Antes de alimentar bovinos ou outros ruminantes, com rações, concentrados e suplementos proteicos, o produtor deve conferir no rótulo dos produtos, os dizeres: ‘Uso proibido na alimentação de ruminantes’. “Importante observar também, quanto à origem destes suplementos, devendo constar na embalagem o registro no Mapa (Ministério da Agricultura)”, alerta Cartaxo.

 

 

Acompanhando de perto as ações da Idaron, que visam à prevenção da introdução da encefalopatia espongiforme bovina em Rondônia, o governador do Estado, Marcos Rocha explica que, a legislação brasileira de defesa sanitária animal proíbe a produção, comercialização e a utilização de produtos destinados à alimentação de ruminantes que contenham em sua composição proteínas e gorduras de origem animal. “Ou seja, o produtor rural deve estar atento e, em situações suspeitas, deve comunicar o caso à Idaron, por telefone ou pela internet”, orientou. É importante destacar a forte atuação da Idaron, junto às propriedades rurais e à fiscalização do trânsito de animais de produção dentro do território, garantindo o firme compromisso de manter a vigilância contra doenças e cumprido todas as medidas sanitárias em consonância ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, disse.

 

 

Por telefone, o produtor pode comunicar casos de doenças através do 0800 643 4337. Pela internet, a comunicação pode ser feita no site da Agência.

 

 

 

 

 

 

Fonte
Texto: Toni Francis
Fotos: Daiane Mendonça
Secom – Governo de Rondônia