O setor de nefrologia do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro – HBAP, em Porto Velho, desde que foi inaugurado em 2013, tem reforçado as ações no tratamento hemodialítico de pacientes renais agudos, crônicos e crônicos agudizados. Foram atendidos nos primeiros meses deste ano, mais de 450 pacientes que necessitam de terapia renal substitutiva.
O serviço antes era feito de forma terceirizada por clínicas particulares, que tinham convênios pelo Sistema Único de Saúde – SUS. Uma importante especialidade, que se ocupa do diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário, em especial o rim, a nefrologia é responsável por estudar, diagnosticar e tratar as doenças relacionadas ao trato urinário.
O setor atende os pacientes que dão entrada pelo Pronto Socorro João Paulo II – HPSJPII, Centro de Medicina Tropical de Rondônia – Cemetron e oriundos de outros municípios, além de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva – UTI.
A responsável técnica pela nefrologia do HBAP desde 2020, Cristiane Souza, aborda acerca dos procedimentos que são realizados nos pacientes que chegam à unidade médica. “A central de diálise fornece a terapia renal substitutiva, na modalidade de hemodiálise, tanto no HBAP, como em outras unidades. No caso da diálise peritoneal, que é outro tipo de terapia, este serviço é contratado pelo Estado, em consequência do paciente não ter condições financeiras”.
Em sua maioria, a ‘porta de entrada’ dos pacientes que necessitam da diálise é o Pronto Socorro João Paulo II. “Caso o paciente necessite iniciar terapia renal ou àqueles que durante a internação, em qualquer Unidade de Saúde atendida pelo SUS na Capital e necessitar desse tipo de tratamento, será acompanhado por um médico nefrologista que fará o encaminhamento para realização de hemodiálise na Central de Diálise do Hospital de Base”.
HEMODIÁLISE
O tratamento de hemodiálise é realizado três vezes na semana, até a melhora da função renal no paciente. Se não houver resultados positivos durante o período de internação e o quadro evoluir de agudo para crônico, após a alta hospitalar o paciente é encaminhado à uma clínica de crônicos na capital ou no interior do Estado, para a continuidade da terapia.
Cristiane Souza ressalta que o diagnóstico precoce em conjunto com o tratamento adequado, aumentam as chances de êxito na recuperação da função renal do paciente. “A máquina de hemodiálise realiza a função de filtragem do sangue, que deixa de ser realizada pelos rins doentes, fazendo com que diminuam os riscos de mortalidade pela doença renal em estágio avançado”.
Tatiane Pinto do Nascimento é uma das pacientes que realiza hemodiálise no setor de nefrologia do HBAP, em Porto Velho. Ela conta que o tratamento é relevante e vem ajudando a ter sua vida prolongada. “Há 11 anos eu realizo o tratamento de hemodiálise, após eu contrair uma infecção renal. Isso significa que eu tenho chances de ter mais tempo de vida, e também, ter o funcionamento normal dos meus rins”, salientou.
DOENÇAS TRATADAS
A principal doença tratada pelo nefrologista é a insuficiência renal, que ocorre quando o paciente tem as funções básicas realizadas pelos rins, comprometidas. A insuficiência renal pode ser aguda, quando os rins deixam de funcionar adequadamente por algum tempo, em função de uma lesão, por exemplo, ou crônica, quando a perda das funções ocorre de maneira gradual e permanente.
Existem ainda outros tipos de doenças, cujos tratamentos ficam sob os cuidados do especialista em nefrologia, para avaliação e acompanhamento de complicações renais, de doenças autoimunes, como hipertensão arterial, infecção urinária, cálculo renal de repetição, além de alterações dos sais minerais do sangue e do metabolismo acidobásico, entre outros.
INSUFICIÊNCIA RENAL
Insuficiência renal é a perda das funções dos rins, podendo ser aguda ou crônica. As causas são várias, atingindo grande parte das pessoas hipertensas e diabéticas. Homens acima dos 40 anos de idade são os mais diagnosticados com a doença nas fases aguda e crônica. Esses pacientes chegam a realizar várias sessões de hemodiálise ao mês, em períodos de três vezes por semana.
RECOMENDAÇÕES
Pacientes com mais de 40 anos precisam fazer anualmente uma consulta médica com um nefrologista e fazer os exames de dosagem da creatina no sangue, além do exame de urina. Para pacientes com diabetes, pressão alta, histórico familiar de problemas renais, pedra nos rins, histórico de nefrites ou infecção na infância.
Fonte
Texto: Richard Neves
Fotos: Frank Néry
Secom – Governo de Rondônia
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