A vacinação é a maneira mais segura de prevenir doenças. Estar atento e cumprir corretamente o calendário vacinal é uma questão de saúde pública. Doenças que não eram mais registradas no Brasil ou que tinham poucos casos registrados voltaram a causar preocupação, como é o caso do sarampo.
Desde junho de 2018, não houve caso de Sarampo confirmado em Rondônia. O que para Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), significa uma grande conquista, pois os estados próximos, como Manaus e Roraima ainda enfrentam surtos da doença.
Para prevenir contra está e outras doenças, Rondônia recebe uma média mensal de 22 mil doses da vacina tríplice viral e tetra viral (a primeira para até um ano de idade e a segunda aos 15 meses), e vai receber um reforço neste período de mais 15 mil doses, segundo o coordenador estadual de Imunização Ivo Barbosa.
De acordo com a médica sanitarista Arlete Baldez, gerente técnica de Vigilância Epidemiológica da Agevisa, o Estado está preparado com estrutura e quantidade de vacina suficiente, na quantidade da demanda e com possibilidade de reforço do Ministério da Saúde. Ela foi enfática ao conclamar a sociedade a fazer sua parte e levar, principalmente, as crianças aos postos para receberem a dose da vacina e ficarem protegidos da doença.
Arlete Baldez chamou atenção para um dado preocupante em relação à responsabilidade dos gestores municipais. Segundo ela, apenas 11 dos 52 municípios do Estado estão com a cobertura vacinal adequada e em dia. Os outros 41 municípios devem adotar medidas urgentes para cumprir esta obrigação, e vacinar toda a população de risco.
“É preciso entender que a vacina é a arma mais adequada e importante para prevenir o sarampo”, alerta Baldez.
Ainda de acordo com a médica sanitarista, neste momento não há confirmação de caso de sarampo em Rondônia. Um laudo da Fiocruz do Rio de Janeiro é aguardado com a contraprova do exame de um único caso suspeito registrado no Estado.
A suspeita rondoniense recai sobre uma criança de um ano e um mês de idade, moradora de Jaru, que não foi imunizada contra à doença. Mesmo não tendo sido exposta a situações de risco, apresentou a sintomatologia característica do sarampo. Por esse motivo ela foi submetida ao exame, que preliminarmente deu positivo, mas precisa da confirmação ou não deste resultado pela Fiocruz carioca. Ainda não há previsão para divulgação do laudo.
A suspeita deste caso deve servir de alerta para a sociedade rondoniense, os pais, que deve procurar os postos de vacinação para imunizar seus filhos, para evitar a contaminação e a disseminação da doença.
Alerte Baldez lembra que no início de 2018 Rondônia registrou quatro casos de sarampo (importados), mas com uma ação rápida e com o apoio da comunidade, conseguiu isolar e monitorar a área e as pessoas envolvidas, não permitindo a transmissão da doença. Os quatro casos foram registrados em passageiros de um barco que veio de Manaus e atracou em Porto Velho.
Fonte
Texto: Cleuber Rodrigues Pereira
Fotos: Ésio Mendes e arquivo Secom
Secom – Governo de Rondônia
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