Ele disse que, da forma que tratam, parece que está todo mundo morrendo queimado aqui
Durante sessão ordinária, na tarde desta terça-feira (27) na Assembleia Legislativa de Rondônia, o deputado estadual Adelino Follador (DEM), usou a tribuna para falar sobre a preocupação dos seus familiares que moram no sul do país, com as queimadas em Rondônia. “Deixo minha indignação com a mídia que coloca a situação como uma cena de terror. Parece que está todo mundo morrendo queimado aqui”, lamentou.
Segundo o deputado, grande parte da culpa desse fogo generalizado, é a falta da regularização fundiária no país, que permite que qualquer um entre em espaços proibidos, como reserva indígena, reserva ambiental e florestas. Afirmou que hoje em Rondônia, existem cerca de 60 mil propriedades que podem ser regularizadas, e que seriam necessários R$ 16 milhões para regularização.
“Podemos trabalhar em parceria, é preciso aproveitar esse momento para juntar forças e promover esse processo. O Poder Executivo, Legislativo, bancada federal e o Presidente da República podem agir para evitar novos episódios como estes no próximo ano.
Follador enfatizou que o Incra não tem condições de agir sozinho. Sugeriu que seja montada uma estrutura própria para fazer isso, evitando que novas pessoas entrem nestas áreas proibidas e tomem posse.
O parlamentar enfatizou que havendo a regularização destas 60 mil propriedades, talvez não seja preciso enviar recursos para Rondônia, pois com documentação em dia, as pessoas poderão fazer financiamento junto as instituições financeiras para plantar e produzir, alavancando ainda mais Rondônia.
BR-364
O deputado fez duras críticas também ao Dnit que exigiu que donos de propriedades à beira da BR-364 recuassem as madeiras que cercam as áreas em 40 metros cada lado, mas que apesar de terem feito isso, o órgão foi lá e derrubou tudo.
Além disso, relatou que numa área no município de Jaru, que contém teca, também houve essa derrubada, com a ajuda de um trator, contratado pelo Dnit. “Agora tudo ficou seco e um verdadeiro estopim de pólvora em todo o trecho da rodovia. Um grande risco, pois a qualquer momento pode pegar fogo”, lamentou.
Ao encerrar, Follador falou sobre a possível perda ICMS do transporte de óleo diesel de Rondônia, devido a estrada do Belmont, que prejudica o tráfego. “Será um grande prejuízo para o Estado, pois significa cerca de 30% da arrecadação. Precisamos fazer algo o mais rápido possível, para que o pior não aconteça”, finalizou.
Texto: Eláine Maia-Decom-ALE/RO
Foto: Marcos Figueira-Decom-ALE/RO
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