Advogado argumenta que uso de uniforme pode causar discriminação do cliente em relação ao outro réu do caso, Ismael. Tribunal do Júri acontece no dia 22 de agosto.
defesa de Diego de Sá Parente pediu ao Judiciário para que o réu use roupas “normais” no Tribunal do Júri, marcado para o dia 22 de agosto. Ele é acusado de matar a jovem Jéssica Moreira Hernandes, de 17 anos, durante um suposto ‘teste de fidelidade’, em 2017. De acordo com o advogado Fernando Milani e Silva, o uso de uniforme de presidiário poderia causar discriminação do cliente em relação ao outro réu do caso, Ismael José da Silva, que estará usando roupas convencionais, pois aguarda ao julgamento em liberdade.
Ismael namorava Jéssica na época do crime e também foi acusado de participação na morte da jovem, junto com o primo Diego. Ismael foi absolvido em primeira instância, mas o Ministério Público de Rondônia entrou com recurso e o Tribunal de Justiça reformou a decisão, determinando que Ismael também fosse julgado pelo júri popular.
Com isso, o advogado Fernando Milani pediu ao Judiciário que Diego não use uniforme de preso no dia do julgamento, pois poderia haver discriminação. “Aos olhos de quem está observando, meu cliente já seria um condenado por estar com roupa de presidiário, enquanto o outro acusado estaria usando roupas normais, o que poderia comprometer a parcialidade do julgamento”, enfatiza.
O juiz Fabrízio Amorim de Menezes, da 2ª Varal Criminal de Cerejeiras, aceitou o pedido e autorizou o réu Diego a usar roupas convencionais durante o júri. Contudo, salientou que as vestimentas devem ser compatíveis com o julgamento e proibiu qualquer tipo de manifestação por meio de escritas ou imagens.
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