A morte bate à porta: Os impactos da morte de Logan Roy em Succession

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Foto: Vincent Tullo/The New York Times.
  • Morte do personagem aconteceu no 3° episódio da última temporada da série, disponível na HBO Max

 

 

A morte do bilionário Logan Roy, um dos protagonistas de Succession, tem dado o que falar. Tudo aconteceu no último domingo, quando foi ao ar o 3° episódio da quarta temporada da obra de ficção, marcado pela viagem do magnata, de 84 anos, à Suécia, onde iria encontrar o representante da gigante de streaming GoJo para acertar a venda de parte da Waystar Royco, empresa que o conservador construiu e que pertence à sua família.

 

Durante a viagem, ele teve um ataque cardíaco e a equipe médica que estava  no avião não conseguiu ressuscitá-lo. “No final, ele morreu da mesma maneira que viveu: abruptamente e sem cerimônia, suspenso entre dois mundos, um pai distante dos filhos rejeitados e desorientados”, conta o ator britânico Brian Cox, intérprete de Logan, que veio a ser o personagem mais importante de sua carreira, de acordo com a crítica.

 

Morte teve repercussões para além do universo cênico

 

Marcado por essa morte inesperada, o episódio bateu recorde de audiência na HBO dos Estados Unidos. Com 2,5 milhões de espectadores entre todas as plataformas, um aumento de 22% em relação à sua audiência semanal. Segundo informações da HBO, a quarta temporada teve um crescimento de 62% em relação à anterior, que até então também era história.

 

O fato do personagem ter morrido foi tão emblemático que o Los Angeles Times  fez um obituário do personagem, como se o ricaço fosse uma pessoa comum. “Nascido de origens humildes na Escócia, Roy pegou uma modesta gráfica familiar e transformou-a na Waystar Royco, um dos maiores conglomerados de mídia e entretenimento do mundo. Suas extensas participações incluíam o ATN, o gigante de Hollywood Waystar Studios, os parques temáticos Brightstar Adventure e jornais, incluindo o influente tablóide NY Globe.”, aponta o jornal.

 

No Brasil, portais como Folha de São Paulo, TechTudo e Uol também repercutiram o acontecimento.

O que fazer quando alguém morre em um avião?

 

De acordo com a Medicina, pessoas idosas e com histórico familiar de problemas cardiovasculares, como Logan Roy, correm maior risco de eventos cardíacos e circulatórios dentro de um avião. Em outubro do ano passado, Agnaldo Piscopo, diretor do Centro de Treinamento em Emergências Cardiovasculares da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), deu uma entrevista ao jornal O Globo falando sobre esse assunto.



 

Para Piscopo, esse grupo tem mais chance de ter um ataque por conta do ar inóspito da aeronave. “Normalmente, nós respiramos com 21%, enquanto dentro da aeronave são 19%. A umidade relativa do ar gira em torno de 20%, o que deixa o sangue mais viscoso, além da pressurização do voo. Esses são fatores que podem desencadear esses problemas, incluindo infarto”, conta o médico.

 

Diante disso, é preciso ter alguns cuidados e entender o que fazer quando alguém morre dentro de um avião. Veja algumas dicas:

 

  • Notificar a tripulação: Se alguém morrer a bordo, é importante notificar a tripulação imediatamente. Os membros da tripulação são treinados para lidar com situações de emergência e saberão como proceder.

 

  • Avaliar a situação: A tripulação avaliará a situação para determinar se o voo deve ser desviado para um aeroporto próximo ou se é seguro continuar até o destino final.

 

  • Isolar a área: Se a pessoa que morreu não pode ser removida do avião, a área em torno dela deve ser isolada para minimizar a exposição dos passageiros ao corpo e para preservar a privacidade da pessoa falecida.

 

  • Documentar o incidente: A tripulação deve documentar o incidente em um relatório que será encaminhado para as autoridades competentes.

 

  • Notificar as autoridades: Depois de pousar, a tripulação deve notificar as autoridades locais, que irão assumir a responsabilidade de lidar com o corpo.

 

  • Oferecer suporte aos passageiros: É importante que os passageiros que testemunharam a morte ou que estavam próximos à pessoa falecida recebam apoio emocional. A tripulação deve oferecer suporte e encaminhá-los para serviços de aconselhamento, se necessário.

Próximo desafio: Quem ficará com a Waystar Royco?

 

Para Jesse Armstrong, diretor da série, a ideia foi fazer da morte de Logan algo natural e improvável, assim como a própria morte. “Se vamos fazer isso, simplesmente não queremos ver as pessoas chorando e depois ter um funeral e acabar com a série. Queremos ver como a morte de alguém significativo repercute em uma família”, comenta.

 

Diante disso, passada a agitação com o enterro, o envio de coroas de flores e as homenagens à vida de um dos maiores empresários do país, a dúvida que não quer calar é: quem ficará com a fortuna de Roy e o comando da Waystar Royco?

 

Vale lembrar que, na série, Roy estava em um processo de transição um tanto perigoso para escolher qual de seus filhos comandará o conglomerado de mídia. Isso já há 5 anos, quando teve um derrame que o deixou debilitado.

 

O fato é que, quem assumir, terá que enfrentar e lidar com a crise causada por um esquema envolvendo pagamentos clandestinos a mulheres vítimas de violência sexual por dirigentes da emissora de TV norteamericana, que resultou até em uma audiência no Senado local. Além disso, após a notícia da morte do seu dono as ações da Waystar Royco despencaram .

 

Como Roy não deixou um sucessor claro, reavivar a emissora que um de seus 4 filhos, Kendall (Jeremy Strong), Roman (Kieran Culkin), Connor (Alan Ruck) e Siobahn “Shiv” (Sarah Snook) poderão pela frente. Que vença o melhor!

 

 

Por: Carolina Peres