Marcos Antônio Saturnino e Claudney José Ribeiro, nomes de batismo da dupla Marcos Paulo & Claudney, em conjunto com o cantor Fernandes Costa Alecrim (futuro componente da Banda Los Arcanjos), surgiram na década de 1990 no distrito de Tarilândia graças ao apoio do professor Cláudio Saturnino, irmão do antigo dueto. Filhos de agricultores daquele lugar, Marcos Paulo e Claudney trabalhavam na roça, mas gostavam de ficar cantando todas as noites em casa. Um dia, no ano de 1994, Claudney foi participar de um festival na Comunidade Santo Ambrósio em Tarilândia e na ocasião cantou a versão da música “Rotina” da então dupla Leandro & L eonardo, sendo classificado em primeiro lugar. Daí em diante, abriu-se a porta do sucesso para outros festivais regionais. “Trabalhávamos o dia inteiro cantando. Os amigos e os nossos pais é quem nos ouviam, diziam que nós tínhamos talento e nos incentivavam” disse Claudney em 2004.
Em 1996, Claudney ganhou um teclado de seu irmão Cláudio e assim começou aprender a tocar o instrumento. Em 1997 começaram os shows no distrito de Tarilândia. Em 25 de setembro de 1998, a dupla se apresenta no Desfile da Garota Primavera em Tarilândia, onde estavam presentes o prefeito da época, Ademário Serafim de Andrade; o saudoso vereador, Israel Moret e o locutor Odair Ferreira que os viram cantando. Observando o talento que possuíam, resolveram chamá-los para Jaru, convite que foi prontamente atendido e no mês seguinte já estavam na sede do município. Nessa época, as apresentações já aconteciam junto com o irmão Ma rcos Paulo e também com Fernandes Alecrim, que, embora não fosse parente, acabou conhecendo os cantores ainda na infância durante a etapa estudantil na escola Pedro Vieira de Melo e sempre esteve junto com eles cuidando da locução nos locais onde a dupla se apresentava. O nome Los Arcanjos, uma sugestão do empresário Chico da Novalar, passou a ser adotado a partir do ano de 1999, quando os cantores se apresentavam em frente a uma das empresas do grupo Novalar.
Influências externas
Em depoimento também realizado em 2004, através de um trabalho histórico produzido por alunos e professores da escola estadual Capitão Silvio de Farias e que o autor teve acesso, Claudney comenta detalhes importantes sobre a história da Los Arcanjos. “Cláudio, meu irmão, professor em Tarilândia, acreditava em nosso talento e nos presenteou com um teclado e um contrabaixo. Então convidei meu irmão Marcos e adquirimos outros instrumentos, caixa de som, cavaquinho, violão e bateria. Vimos à necessidade de mais integrantes e convidamos o Fernandes que tocava violão e é vocalista. Começamos a banda com três integrantes: Claudney, Fe rnandes e Marcos”.
As apresentações eram feitas em lanchonetes, bares e clubes de Tarilândia. O trabalho se expandia para outros municípios: Urupá, Mirante da Serra, Ouro Preto do Oeste, Nova União, etc. A Banda Los Arcanjos toca todos os ritmos: rock, funk, pagode, axé, forró, country e MPB. “Somos ecléticos, o público exige e nós atendemos”, relatam os integrantes.
A Banda Los Arcanjos teve uma mudança – momentânea – no ano de 2016, quando Marcos Paulo, decidiu residir na Europa, mas com pretensões de retorno ao lugar que o consagrou na área musical. O trabalho não foi interrompido e as agendas continuaram sendo atendidas. Para Fernandes Alecrim, que também faz composições para a banda o crescimento que todos os integrantes tiveram representa algo muito importante para a carreira artística. Durante a trajetória, houve a gravação de um CD com versões de músicas dançantes que foram sucessos nacionais, porém com um tempero bem jaruense. “A música surge com a inspira&ccedi l;ão e não é necessário pensar em algo específico”, diz Fernandes Alecrim.
A existência da Banda Los Arcanjos teve uma participação direta do professor Cláudio Saturnino devido ao sonho que o educador nutria em formar uma banda genuinamente do distrito de Tarilândia, além de efetivamente comprovar até onde pode ir a ação do professor sobre a vida dos alunos, uma vez que, independente do grau de parentesco, há uma grande influência exercida no âmbito escolar. O trabalho musical iniciado por ele ganhou novos horizontes, mas é inegável que o começo da história ocorreu no distrito. Cláudio Saturnino se converteu ao Evangelho de Cristo, mas não abandou a música e, além de apresenta&cced il;ões eclesiásticas, chegou a atuar como produtor musical e produziu o primeiro hino da cantora jaruense Tânia, visando, a gravação de uma obra musical para o público evangélico.
A publicação da série “A História da Música em Jaru” está sendo possível graças a uma parceria entre os principais sites do município e o escritor Elias Gonçalves Pereira. Os textos serão publicados de 13 de maio a 06 de junho de 2019, data em que o escritor lançará o livro “Um Tratado sobre a Música, a Literatura e a Comunicação Jaruense” nas dependências da Associação Comercial e Industrial de Jaru, a ACIJ.
As reportagens estão sendo publicadas na seguinte ordem:
01. Destaques das décadas de 1970 e 1980 – 13/05/2019
02. Juca & Marquinhos – Banda Swing & Country – 14/05/2019
03. Pescador & Garimpeiro – Diamante & Garimpeiro – 15/05/2019
04. Jorge Faccini – 16/05/2019
05. Jenival Silva – 17/05/2019
06. Geoni e Geonito – 20/05/2019
07. Idair Ferreira – 21/05/2019
08. Marcos Paulo & Claudney – Banda Los Arcanjos – 22/05/2019
09. Dalberto & Darnel – 23/05/2019
10. Márcio & Messias – Banda Flash Music – 24/05/2019
11. Mário & Marquinhos – 27/05/2019
12. Eder & Eder – 28/05/2019
13. Divas Diogo – 29/05/2019
14. Heliane Markes – 30/05/2019
15. Arllan Cardek e Banda Maria Juana – 31/05/2019
16. Gilson Fagner – 03/06/2019
17. Banda Country Music / Albatroz – 04/06/2019
18. Beto Neves – 05/06/2019
19. Banda Pelô Art – 06/06/2019
Fonte: Elias Gonçalves
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