Gilson Reis Martins, atuante profissional com o pseudônimo Gilson Fagner, é natural de Foz do Iguaçu (PR) e veio para Jaru (RO), juntamente com os seus familiares, no ano de 1989 aos 11 anos de idade. Inicialmente o cantor residiu à Linha 630 km 50, no então povoado de Tarilândia.
Quando veio do Paraná, Gilson Reis já carregava consigo algumas referências da Rádio Nacional de Brasília, principalmente dos apresentadores Edelson Moura e Márcia Ferreira, seus ícones de infância e parte da adolescência. Outra questão que acabou lhe influenciando foi o fato de os seus tios serem músicos. Aos ouvi-los, Gilson ficava encantado com a harmonia das notas musicais e com isso acabou se interessando pela música anos depois. A trajetória musical de Gilson Fagner chega ao ano de 1998 quando ele e seus pais estão em Mirante da Serra (RO). O trabalho com equipamentos sonoros na função de auxiliar geral é v isto como uma oportunidade singular de aprendizagem. A experiência foi considerada de grande valia e com isso ele acabou se envolvendo cada vez mais com o assunto.
Por volta do ano 2000, Gilson retorna para Jaru com seus pais e durante algum tempo trabalha em serrarias, mas sem esquecer os sonhos anteriores. Em 2003, o cantor encontrou a dupla Quirino & Lourival – formada por cantores de Jaru – e formou o Los Monight (o nome era mistura de espanhol e inglês). Nesse grupo houve uma gravação demonstrativa com três faixas musicais, todas de autoria do dueto Quirino & Lourival. O trabalho em conjunto permaneceu por dois anos e a formação foi desfeita em 2005. Quirino & Lourival voltaram a cantar no formato anterior e Gilson Fagner passa a se dedicar à Rádio Interativa FM, local onde trabalhou por alguns anos .
Ao sair da Rádio Interativa FM, Gilson Fagner monta o próprio estúdio e produzir alguns CD’s de diversos cantores. Nessa época, acaba desenvolvendo um trabalho como vocalista do grupo Forró Nobilis formado por ele e outros nomes da música local. O trabalho foi desenvolvido entre 2011 e 2014 quando, o grupo encerrou as atividades musicais. Durante esse período houve duas gravações: uma de canções já gravadas por cantores conhecidos no âmbito nacional (sertanejo no estilo forró) e outra com doze canções inéditas. O cantor se muda para Cujubim (RO), onde além do rádio, monta outro grupo, o Forr ó dos Rondoboys, onde produziu três CD’s, sendo um deles somente com composições inéditas. O conjunto musical permaneceu até 2017 quando Gilson decidiu retornar para Jaru, local onde faria uma importância mudança em sua vida.
Gilson Fagner já havia sido evangélico, mas por muitos anos esteve desviado do Evangelho. A decisão de retornar ocorreu em sua própria residência. Conforme recorda, alguns problemas considerados praticamente insolúveis o fez buscar a Deus e ao ouvir a resposta entendeu que a razão de estar passando por aquela situação difícil era pelo fato de conhecer a Bíblia, mas não estar seguindo-a. Não foi preciso pensar duas vezes. Naquele mesmo momento decidiu refazer a aliança com Deus, pois a mesma havia sido “quebrada” e o retorno era importante não apenas para se ter uma solução momentânea, mas uma garantia de salvação e vida eterna.
O talento dado por Deus, mas que estava sendo utilizado a serviço do mundo, agora teria um novo rumo. Gilson procurou uma igreja evangélica, foi bem recebido e ajudado espiritualmente. Graça a essa atitude foi possível encontrar forças para seguir adiante. O trabalho de Gilson Fagner era na esfera musical e, segundo disse ao autor, Deus utilizou um hino e um profeta que não o conhecia pessoalmente para lhe transmitir uma revelação divina onde dizia que ele deveria abandonar a música secular (termo evangélico que define todas as canções que não louvam a Deus de forma direta) e adorar somente ao Criador com a habilidade artística a ele concedida. Gilson recebeu de bom grado a profecia e, mesmo em meio a dificuldades, considera ter vencido muitos obstáculos anteriores e após atender ao chamado.
Em 24 de julho de 2017, Gilson Fagner se casou com Cleide Leite que, coincidentemente tinha talento para a música, mas naquele momento não estava exercendo o dom. Então o casal formou a dupla Gilson & Kleide – Os Adoradores de Cristo. A dupla gravou um CD não comerciável com doze canções já conhecidas do público gospel em nível nacional. “Foi um trabalho de agradecimento a Deus por todas as maravilhas que Ele fez em nossas vidas”, disse Gilson Fagner, incluindo a sua esposa nas bênçãos que ele recebeu após conhecê-la e ambos constituírem um lar.
A publicação da série “A História da Música em Jaru” está sendo possível graças a uma parceria entre os principais sites do município e o escritor Elias Gonçalves Pereira. Os textos serão publicados de 13 de maio a 06 de junho de 2019, data em que o escritor lançará o livro “Um Tratado sobre a Música, a Literatura e a Comunicação Jaruense” nas dependências da Associação Comercial e Industrial de Jaru, a ACIJ.
As reportagens estão sendo publicadas na seguinte ordem:
01. Destaques das décadas de 1970 e 1980 – 13/05/2019
02. Juca & Marquinhos – Banda Swing & Country – 14/05/2019
03. Pescador & Garimpeiro – Diamante & Garimpeiro – 15/05/2019
04. Jorge Faccini – 16/05/2019
05. Jenival Silva – 17/05/2019
06. Geoni e Geonito – 20/05/2019
07. Idair Ferreira – 21/05/2019
08. Marcos Paulo & Claudney – Banda Los Arcanjos – 22/05/2019
09. Dalberto & Darnel – 23/05/2019
10. Márcio & Messias – Banda Flash Music – 24/05/2019
11. Mário & Marquinhos – 27/05/2019
12. Eder & Eder – 28/05/2019
13. Divas Diogo – 29/05/2019
14. Heliane Markes – 30/05/2019
15. Arllan Cardek e Banda Maria Juana – 31/05/2019
16. Gilson Fagner – 03/06/2019
17. Banda Country Music / Albatroz – 04/06/2019
18. Beto Neves – 05/06/2019
19. Banda Pelô Art – 06/06/2019
Fonte: Elias Gonçalves
Fotos: Arquivo Pessoal: Gilson Reis Martins
Copyright© 2019. Todos os direitos reservados
Deixe seu comentário