Aos 16 anos começou a participar dos Festivais tendo estado, a maioria das vezes, entre os três primeiros colocados. Dentre eles foi vencedor em três na cidade de Montanha (ES), Dois em Vitória (ES) e com colocações de 2º ou 3º nos municípios de Montanha, Alegre e Colatina (ambos no Espírito Santo), Ponte Nova e Viçosa (Minas Gerais), além de Itabuna na Bahia.
Aos 18 anos foi para Viçosa (MG) para estudar e lá conheceu o cantor compositor mineiro Lô Borges, um dos membros do Clube da Esquina – um dos maiores movimentos musicais brasileiros. Com Lô Borges, parceiro de Milton Nascimento em mais de 50% de suas canções, conheceu e passou a ouvir musica contemporânea mineira criada pelos maiores músicos do país como João Bosco, Toninho Horta, Milton Nascimento e outros, Blues e Jazz etc, o que o levou a aperfeiçoar a construção de acordes musicais. Junto com João Boa Morte se apresentou no Teatro Francisco Nunes em Belo Horizonte eixo evoluído da musica brasileira na década de 1980. Foi diretor de Cultura em São Mate us (ES) e em Nova Venécia (ES) onde realizou, com sua equipe, vários Festivais de Música. Beto Neves também criou projetos de incentivo aos trabalhos musicais autorais valorizando compositores a exemplo de Mostras de Música, Salão do Compositor, shows de Câmara etc.
Ainda nos anos 1980 voltou para o Espírito Santo e em Vitória formou a Banda Chegança com a qual se apresentou em circuito Universitário e ganhou mais dois Festivais no Colégio Salesiano. Com o grupo Chegança fez shows no projeto Moqueca no Teatro Carlos Gomes que apresentava um nome conhecido do cenário musical brasileiro com uma banda capixaba. Assim dividiu palco com Alceu Valença e Raimundo Fagner em 1988/89. Foi membro também do Grupo musical Cheiro de Povo. Depois assumiu como vocalista e guitarrista da Banda UH. Conheceu então Paulinho Pedra Azul – cantor/compositor mineiro que estourou no meio universitário com a música Jardins da Fantasia. Com ele Beto Neves compôs a canção “Simplesmente Chegar” disponível na internet através do Youtube a quem quiser conhecer, juntamente com outras obras do compositor agora jaruense. Na época Paulinho estudava em Vitória junto com Paulo Rodrigues que também era do UH. E foi lá que Pedra Azul, subiu pela primeira vez ao Palco com o UH para apresentar a então inédita música “Um, dois, três” que mais tarde participaria do Festival da Record. Em 2008 participou do lançamento do show dos 20 anos de carreira de Paulino em Nova Venécia.
Outro marco importante de Beto Neves é que ele tem um trabalho gravado no primeiro CD Capixaba gravado em 1992 que introduziu o Espírito Santo na era do laser. O cantor/compositor João Pimenta gravou o blues “Tempos em Tempos” que é assinado por Beto e o colocou em um importante registro histórico.
A chegada em Rondônia
Beto Neves saiu do eixo Sudeste no fim dos anos 1980 vindo para Rondônia, mas pela linha musical do lugar ser muito diferente daquilo que gosta de apresentar parou de fazer shows. Beto diz que ainda tentou manter pelo menos os barzinhos, mas não se adaptou ao mercado local muito mais por exigência própria do que pela dificuldade em executar os trabalhos que são sucessos no norte, em sua maioria forró, pagode e sertanejo – estilos que não gosta muito de executar.
Mesmo assim, em Jaru, Beto realizou em 2006 o show MPB Especial na escola Capitão Sílvio de Farias (estilo pelo qual ficou conhecido na cidade). Foi o mentor intelectual do modelo do Projeto de Mostras de Música tendo a frente o diretor da Rádio Interativa FM, Cirilo Rodrigues, incansável batalhador pelo espaço dos artistas da terra. Beto Neves também é o criador do Projeto Festival Web Music executado pela Rádio Interativa em parceria com a Renova Som. Em 2015 ele compôs a letra e a música do Hino da Loja Maçônica Estrela da Fraternidade número 15.
Além de cantor e compositor Beto Neves é ainda escritor, com três obras publicadas, músico e jornalista.
A publicação da série “A História da Música em Jaru” está sendo possível graças a uma parceria entre os principais sites do município e o escritor Elias Gonçalves Pereira. Os textos serão publicados de 13 de maio a 06 de junho de 2019, data em que o escritor lançará o livro “Um Tratado sobre a Música, a Literatura e a Comunicação Jaruense” nas dependências da Associação Comercial e Industrial de Jaru, a ACIJ.
Para ter acesso ao livro digital acesse o seguinte endereço eletrônico: https://historiadejaru.com.br/
As reportagens estão sendo publicadas na seguinte ordem:
01. Destaques das décadas de 1970 e 1980 – 13/05/2019
02. Juca & Marquinhos – Banda Swing & Country – 14/05/2019
03. Pescador & Garimpeiro – Diamante & Garimpeiro – 15/05/2019
04. Jorge Faccini – 16/05/2019
05. Jenival Silva – 17/05/2019
06. Geoni e Geonito – 20/05/2019
07. Idair Ferreira – 21/05/2019
08. Marcos Paulo & Claudney – Banda Los Arcanjos – 22/05/2019
09. Dalberto & Darnel – 23/05/2019
10. Márcio & Messias – Banda Flash Music – 24/05/2019
11. Mário & Marquinhos – 27/05/2019
12. Eder & Eder – 28/05/2019
13. Divas Diogo – 29/05/2019
14. Heliane Markes – 30/05/2019
15. Arllan Cardek e Banda Maria Juana – 31/05/2019
16. Gilson Fagner – 03/06/2019
17. Banda Country Music / Albatroz – 04/06/2019
18. Beto Neves – 05/06/2019
19. Banda Pelô Art – 06/06/2019
Fonte: Elias Gonçalves
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