A crise nas micro e pequenas indústrias

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Além do comportamento distinto entre os setores econômicos, percebe-se também que as micro e pequenas empresas do setor industrial têm sentido mais os efeitos da pandemia.

 

O Índice de Situação Financeira das pequenas indústrias, segundo a Confederação Nacional das Indústria (CNI, 2021), caiu no primeiro trimestre de 2021, puxado pela queda do faturamento e da produção, associada à alta dos preços dos insumos e à dificuldade de acesso ao crédito.

 

Nesse último caso, a CNI aponta que “a suspensão das linhas de financiamento emergenciais voltadas às pequenas indústrias, em razão do término do estado de calamidade, no final de 2020, impactou negativamente o acesso ao crédito pelo segmento e resultou no recuo do indicador”.



 

Ainda a demanda interna insuficiente e a volatilidade do câmbio estão entre os principais problemas das pequenas indústrias, apontados na pesquisa. Embora a expectativa para o segundo semestre seja, de modo geral, mais positiva, com o avanço – mesmo que tardio – da vacinação em massa, cerca de três em cada quatro micro e pequenas indústrias não estão otimistas quanto ao fim da crise econômica atual, segundo o Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (SIMPI, 2019).

 

Segundo pesquisa do SIMPI, 77% dessas empresas não veem recuperação nos próximos meses. Para além das políticas tradicionais de crédito, a retomada e ampliação das “políticas de conteúdo nacional” poderiam beneficiar os produtores nacionais, incluindo as micro e pequenas empresas, com grande potencial de gerar oportunidades e empregos.

 

Fonte: DIEESE

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