MP pedirá condenação por homicídios qualificados de gestante que teve bebê retirado da barriga em Porto Velho, RO

Publicada em


Foto: Reprodução/Arquivo pessoal/ G1 Rondônia

 

O Ministério Público de Rondônia pedirá a condenação, pela prática de homicídios quadruplamente e duplamente qualificados, de dupla envolvida na morte da gestante que teve o bebê retirado da barriga e de seu filho, uma criança de sete anos, em outubro de 2019, em Porto Velho. O júri está marcado para o dia 15 de agosto, no Fórum Geral da Capital.

 

De acordo com o Promotor de Justiça que atua no caso, Elias Chaquian Filho, os réus levados a julgamento são a mulher que figura como mandante do crime, a qual é acusada de elaborar o plano de retirada do bebê da vítima e as mortes decorrentes do ato, e um homem, que atuou como executor dos assassinatos, com a ajuda de seis menores. O segundo acusado é filho da primeira ré.

 

Conforme defende o Ministério Público, a intenção da mulher ao planejar as mortes era apresentar o bebê recém-nascido a um homem com quem mantinha relacionamento, alegando que a criança seria fruto do namoro.



 

Fatos – Segundo a denúncia do MP, a gestante foi morta a golpes de barra de ferro, em uma cascalheira localizada na Sul da Capital, após ter tido o bebê arrancado da barriga por um grupo formado pelo segundo réu e seis adolescentes, entre eles, a própria irmã da vítima, à época com 13 anos.

 

O filho da gestante, uma criança de sete anos, que a acompanhava no dia do crime, foi agredido, tendo sido lançado em uma lagoa próxima ao local. O menino não sabia nadar e morreu por afogamento. O bebê sobreviveu, tendo sido localizado pela Polícia em poder de pessoas ligadas à mandante, dias depois.

 

No julgamento, o MP argumentará a crueldade e torpeza dos crimes, nos termos da denúncia, pedindo a condenação dos dois acusados por homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel, dissimulação e com conexão para a prática de outro crime – o parto), em relação ao assassinato da gestante.

 

No que se refere à morte da criança de sete anos, o Ministério Público buscará a condenação de ambos por homicídio duplamente qualificado, além dos crimes de corrupção de menor e ocultação de cadáver, no caso do segundo acusado.

 

As penas, em uma análise aproximada, devem chegar a 36 anos de reclusão em regime fechado para cada acusado.

 

“Buscaremos dar às famílias das vítimas e à sociedade uma resposta para crimes tão cruéis”, afirma o Promotor de Justiça.

 

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)

CLIQUE AQUI E SIGA O PORTALP1 NO YOU TUBE
CLIQUE AQUI E SIGA O PORTAL P1 NO INSTAGRAM
GRUPO DE NOTÍCIAS DO PORTAL P1 NO WHATSAPP