Capim Capiaçu no cocho evita queda na produção de leite e aumenta ganho de peso dos bezerros

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Fornecimento de forragem no cocho para vacas e bezerros melhorou produção leiteira e aumentou ganho de peso dos bezerros

 

Com a chegada do verão amazônico, o período seco na região Norte, os produtores de leite do Estado enfrentam a crise da falta de pastagem para o gado, com o fornecimento de ração ou silagem de milho ao gado, uma alternativa de alto custo; no entanto o problema vem sendo amenizado ou até mesmo solucionado com a introdução de gramíneas forrageiras, desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria – Embrapa, caso das cultivares BRS Capiaçu e BRS Kurumi.

 

“Em praticamente todos os municípios rondonienses já existem propriedades assistidas pela Entidade Autárquica de Assistência técnica e Extensão Rural de Rondônia – Emater, que são referência para a pecuária leiteira, onde os técnicos orientam o cultivo do Capiaçu para fornecimento fresco no cocho ou produção de ensilagem, e orientam também o uso do capim kurumi, que tanto pode ser cortado para fornecimento fresco no cocho, como disponibilizado para pastejo”, comentou o médico veterinário da Emater, Patrick Pionte, durante visita técnica ao agricultor Ademar Aparecido da Silva, no Vale do Anari.

 

 

Simplicidade das instalações não impede uso da tecnologia

 

A vantagem da ensilagem é a possibilidade de aproveitar a exuberância da espécie forrageira durante o período chuvoso, fazendo dois ou mais cortes para guardar em silos, uma vez que nesta época, a espécie cresce e recupera rápido, permitindo assim, cortes em intervalos de até 60 dias, e mesmo nos silos mais simples conserva suas propriedades nutritivas por um período de quatro a seis meses.



 

Na propriedade do casal Ademar e Táfine da Silva, no Vale do Anari, o cultivo das gramíneas Capiçu e kurumi mudou a perspectiva econômica da família, pois, segundo relatos, antes, apresentava dificuldades para atingir a marca de 100 litros de leite por dia, diz o produtor; mas depois da orientação do técnico da Emater, e a adoção de um novo manejo que inclui o fornecimento da forragem de Capiaçu, suplementada com um concentrado mineral e proteíco, no cocho, para as vacas em lactação. “A produção de leite mais que triplicou, alcançando a marca de 350 litros de leite dia,” diz o produtor.

 

Com o novo manejo, o casal passou a fazer duas ordenhas diárias; os bezerros foram separados em dois lotes, um de zero a 90 dias e outro acima de três meses. O primeiro lote permanece no curral 100% do tempo, os bezerros mamam quando as vacas são levadas ao curral, e também recebem uma dieta de capim Kurumi, juntamente a um suplemento proteico mineral, enquanto que o segundo lote recebe uma dieta semelhante a das vacas e são liberados para pastejo em piquetes de capim Kurumi.

 

A proprietária Táfine da Silva comenta que a separação dos bezerros melhorou a alimentação, tanto das vacas quanto dos bezerros. “Com as mamadas controladas, os bezerros não atrapalham mais o pastejo das mães e aprendem mais rápido a comer no cocho e a pastejar.  O resultado fica comprovado na pesagem dos bezerros que agora têm um ganho de peso médio superior a um quilo dia”.

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Fonte
Texto: Enoque de Oliveira
Fotos: Robson Paiva
Secom – Governo de Rondônia