O Delegado responsável pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil, em Ariquemes, Rodrigo Camargo, se manifestou sobre a forma como Guilherme Willian Vitorino Cipriano, de 22 anos, o suspeito de matar a adolescente Viviane Lopes da Silva, teria agido como consumar o crime. Guilherme possuía um relacionamento amoroso com a vítima e a crueldade apontada na investigação surpreendeu até os investigadores.
Conforme detalha o delegado, assim que a Polícia Civil recebeu a notícia da morte da adolescente, a Perícia Técnica compareceu ao lugar onde ocorreu o crime e constatou que Viviane Lopes da Silva havia sofrido um tiro de espingarda. No local, os investigadores encontraram apenas a vítima e o namorado que, inicialmente, sustentou que uma terceira pessoa teria tentado entrar na residência para roubar. Entretanto, nada foi roubado e Guilherme Willian demonstrava estar bastante tranquilo, mesmo com a repentina perda da pessoa a quem ele, supostamente, amava.
Experiente em desvendar crimes dessa natureza, a Polícia Civil aprofundou a investigação e descobriu por meio do Setor de Inteligência (SI) que o pai de Guilherme possuía uma espingarda calibre 16. A investigação apontou que, após a consumação do delito, a arma foi deixada na casa de um vizinho em uma rua atrás do local onde a vítima foi morta. Em seguida, a espingarda foi apreendida e encaminhada à perícia.
Diante das provas apresentadas, conforme relatou a polícia, o namorado de Viviane não conseguiu prosseguir com sua versão, avaliada como falsa. Confrontado com as provas e sem ter saída, Guilherme acabou confessando o crime, mas disse que teria sido apenas uma brincadeira, pois, segundo relatou, queria ver o barulho do gatilho dando um susto na namorada. Entretanto, conforme apurado, o casal possuía um histórico de discussões e o agora acusado pelo crime será denunciado por feminicídio.
A Polícia Civil (PC) pediu a prisão preventiva do acusado e a Justiça decretou que o mesmo deveria ser conduzido para atrás das grades. A PC aguarda os laudos e o exame de Corpo e Delito que envolve o caso para oferecer a denúncia ao Ministério Público.
Além disso, conforme apurou o Portal P1, o pai do acusado e o vizinho deverão ser indiciados. O genitor por possuir uma arma de fogo sem registro, portanto seria, segundo a polícia, uma posse ilegal. Já o vizinho, por ocultar a arma que tirou a vida de uma adolescente com apenas 16 anos.
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